O EXISTENCIALISMO NA POESIA DE CECÍLIA MEIRELES
Denise Gomes Lima
)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ( PUC/ SP)
RESUMO:
O presente trabalho teve como objetivo verificar algumas características da
filosofia Existencialista na poesia de Cecília Meireles, poetisa brasileira do século XX, a
análise de alguns poemas desta poetisa foi de fundamental importância para que se pudesse
chegar a uma conclusão definitiva. Afinal, embora trate de duas áreas do conhecimento –
Literatura e Filosofia – este trabalho corresponde, especificamente, a uma pesquisa voltada
para a área de literatura. Procurou-se evidenciar nos poemas marcas que pudessem comprovar
certas características da doutrina existencialista nos poemas. Sendo possível encontrá-las,
buscou-se entender o grau de significação que tal constatação acrescentou à poesia de Cecília
Meireles.
Palavras-chave
: Literatura – Cecília Meireles - Existencialismo
Introdução.
Muito já foi e ainda é dito e escrito no tocante à literatura, e muitas dessas obras
referem-se à poesia. Mas independentemente do quanto se fale e escreva sobre o tema –
literatura – este jamais será esgotado, pois este constitui um campo vastíssimo de estudos,
análises e composições.
Nesse vasto campo em que as palavras como flores raras brotam dos mais belos e
infinitos modos, o prazer da visão – leitura – pode ser reforçado por meio dos sons, ritmos,
cores, cheiros e até mesmo – e por que não – gostos dos mais diversos; gosto não só no
sentido intelectual, mas também efetivamente físico, a literatura é capaz de propiciar ao ser as
experiências mais distintas e intensas.
Por essa capacidade é que a literatura não se perde como disciplina morta, mas
reafirma sua importância através dos séculos e chega hoje para nós como uma boa senhora
sempre disposta a compartilhar suas inúmeras experiências, compartilhar seus mais profundos
segredos, suas angústias e aspirações, compartilhar suas muitas faces e idades e suas reais e
intrínsecas intenções.
Intenções essas que estão permeadas por reflexos de inúmeras culturas e épocas e, sem
dúvida, por um sem fim de figuras de linguagem.