Nota-se que o personagem surge apenas no terceiro verso da terceira estrofe.
O poeta parte do marco geográfico, o pampa, sutilmente indicado pela palavra “campo”
e que compunha o ambiente em que Facundo habitualmente se relacionava. Para
Sarmiento, o caudilho era um produto do meio e todo o ambiente geográfico que o
abrigava, ajudava a compor o quadro psicológico.
No poema, o protagonista assume destaque vagarosamente, a partir de um
longo movimento descritivo.
Na terceira estrofe, também temos a marca pessoal de Facundo que define o
porvir dos próximos versos: sua opinião determinada e sua autoconfiança. A partir de
então, tem-se a descrição da reflexão pessoal do general Facundo, transcrita nos versos
que seguem de maneira vívida, apesar de reflexiva, e absolutamente nutrida por uma
certa soberba:
“Esa cordobesada bochinchera y ladina
(meditaba Quiroga) ¿qué ha de poder con mi alma?
Aquí estoy afianzado y metido en la vida
como la estaca pampa bien metida en la pampa.
Yo, que he sobrevivido a millares de tardes
y cuyo nombre pone retemblor en las lanzas,
no he de soltar la vida por estos pedregales.
¿Muere acaso el pampero, se mueren las espadas?
(Idem)
Apesar das advertências relacionadas à emboscada, o general Quiroga optou
por enfrentá-la, acreditando assim, poder combater e vencer a morte, mesmo que esta já
se anunciasse como inevitável. A tragédia é descrita na quinta estrofe de maneira breve,
mas nem por isso menos descritiva e traz no último verso o suposto culpado pelo
acontecimento: Juan Manuel de Rosas.
“Pero al brillar el día sobre Barranca Yaco
hierros que no perdonan arreciaron sobre él;
la muerte, que es de todos, arreó con el riojano
y una de puñaladas lo mentó a Juan Manuel.”
(Idem)
Assassinado, Facundo Quiroga aparece imortalizado na última estrofe, mas
convertido em fantasma, ou em uma lendária presença imortal. Ainda assim, nesta “pós-
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