Página 365 - Anais do IV Seminário Leituras da Modernidade: entornos da poesia
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ocorre é que, embora se trate de um texto em prosa, ele exige uma leitura com o mesmo
nível de profundidade que o exigido pela poesia, isto é, descendo ao plano da expressão
para nele observar aquela “projeção do princípio de equivalência do eixo paradigmático
sobre o eixo de sintagmático” que caracteriza, para Jakobson, a função poética da
linguagem. Nesse sentido, sua aproximação com os
Tender Buttons
é plenamente
justificada, e essa proximidade justifica, por sua vez, nossa leitura um tanto quanto
aparentada à que Lisa Ruddick faz de Gertrude Stein. No mais, parece-nos que tal
exigência de leitura imposta pela obra se coaduna com a
hermenêutica crítica
de Peter
Bürger, uma vez que implica uma visão ampla da obra, do seu sentido global e de sua
inserção na história da cultura, sempre sustentada, por outro lado, pela análise detida
dos seus detalhes microestruturais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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______. Catatau. Curitiba: Travessa dos Editores, 2004. Edição crítica e anotada.
Versão digital disponível em
Acesso em fevereiro de 2010.
______. Envie meu dicionário: Cartas e Alguma Crítica (Paulo Leminski e Régis
Bonvicino). Organização, introdução e textos críticos de Régis Bonvicino. São Paulo:
Iluminuras, 1999. 2ª edição.
BÜRGER, Peter. Teoria da Vanguarda (1974). Tradução de José Pedro Antunes. São
Paulo: Cosac Naify, 2008.
CAMPOS, Haroldo de. Galáxias (1984). São Paulo: Editora 34, 2011. 3ª edição.
COHEN, Jean.
Estrutura da Linguagem Poética
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FRIEDRICH, Hugo.
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Tradução de Marise Curioni.
São
Paulo: Livraria Duas Cidades, 1991. 2ª edição.
FERNANDES, Carlos. Johann Mauritius van Nassau-Siegen (ou Maurício de Nassau).
2002. Disponível no portal
Só Biografias
da Universidade Federal de Campina Grande
(
dec.ufcg.edu.br
/biografias/JohaMaur.html). Acesso em março de 2011.
RUDDICK, Lisa. “Tender Buttons: Woman and Gnose”. In:
Reading Gertrude Stein.
Body, text, gnosis.
Ithaca: Cornell University Press, 1990.
