“aptitude”
(p. 48) (
aptidão + atitude
),
“artimoia”
(p. 160) (
artimanha + tramoia
),
“babelprazer”
(p. 47) (
Babel + bel-prazer
),
“
brutilhão
de mulheres nuas”
(p. 65)
(
bruto + turbilhão
, por metátese das consoantes
t
e
b
),
“cadástrofes”
(p. 59) (
cadastros
+ catástrofes
),
“cascataclismo”
(p. 151) (
cascata + cataclismo
),
“catedrástica”
(p. 44)
(
catedrática + drástica
),
“desafiatlux”
(p. 57) (
desafia + fiat lux
),
“desáspora”
(p.
119) (
desastre + diáspora
),
“econoclastas”
(p. 179) (prefixo
eco- + iconoclasta
),
“entretendimento”
(p. 144) (
entretenimento + entendimento
),
“envergonhadura”
(p.
113) (
vergonha + envergadura
),
“felízofo”
(p. 128) (
filósofo + feliz
),
“frenesismo”
(p.
188) (
frenesi + sismo
, e não apenas o sufixo
–ismo
),
“gargantalhadas”
(p. 47)
(
gargantas + gargalhadas
),
“hierarquitétipos”
(p. 197) (
hierarquia + arquiteto +
arquétipos
),
“inspírito”
(p. 45) (
inspiração + espírito
),
“insatisfalatório”
(p. 140)
(
falatório + insatisfatório
),
“leprosadores”
(p. 203) (
leprosos + prosadores
),
“luscofluxos”
(p. 144) (
lusco-fuscos + fluxos
),
“manifrustram”
(p. 33) (
manipulam +
frustram
),
“metempsicoisas”
(p. 143) (
metempsicose + coisas
),
“mistericórdia”
(p. 66)
(
misericórdia + mistério
),
“novícias”
(p. 61) (
notícias + novas + noviças
?),
“observidão”
(p. 62) (
observação + servidão
),
“pornossinal”
(p. 177) (
pelo-sinal
+ o
radical grego
porno
, “prostituição”),
“porracazzo”
(p. 184) (
por acaso + porra
+ o
italiano
cazzo
, “caralho”),
“pratotípico”
(p. 194) (o sintagma
“prato típico” +
prototípico
),
“proinibido”
(p. 130) (
proibido + inibido
),
“ratatatazana”
(p. 184)
(
ratazana + atazana
+ a onomatopeia
ra-ta-ta-tá,
que representa o som de disparos de
metralhadora),
“sensibilisca”
(p. 26) (
sensibiliza + belisca
),
“triunfanias”
(p. 48)
(
triunfos + ufanias
),
“umbiguidades”
(p. 205) (
umbigo + ambiguidades +
ubiquidades
?),
“vendavândalo”
(p. 190) (
vendaval + vândalo
),
“xeque-maiêutico”
(p.
75) (
maiêutica + xeque-mate
) etc.
Encontramos ainda um procedimento que nomeamos em nossa dissertação como
“neologismo
por decomposição”
, haja vista que consiste na “quebra” de palavras em
unidades menores, por si só não necessariamente constituintes de radicais, e de seu
emprego dentro de contextos em que o segmento excluído aparece em outra palavra (o
que funciona como uma espécie de economia linguística), como em
“ex ato”
(p. 37),
“
mantelando
e desmantelando”
(p. 38),
“a fome de
vorar
”
(p. 40),
“em prol de todos
os
blemas
”
(p. 90),
“qual o
drado
”
(p. 139),
“simula o
lacro
”
(p. 120),
“sibila
bareda
”
(p. 129),
“cara de
anguejo
”
(p. 159),
“a banda me
adona
”
(p. 161),
“
aprox
, ímã!”
(p.
173),
“Há
divinha
? Ih,
magina
!”
(p. 195), ou ainda criações como
“trans-mito”
(p.