sujeito poético registrou suas experiências numa espécie de diário de viagens pelos
países inglês e português. Puderam essas travessias configurar-se em uma transgressão
tal qual aquela do sujeito cínico, que, na sua errância, materializava uma vida outra
através do escândalo no compromisso ético de atingir os outros e dizê-los a verdade.
No tempo presente, tem-se em
Longe da aldeia
uma forma outra de arte, na qual o
sujeito poético, ao longo dos poemas, registra o seu tempo subjetivamente, provocando
desasssossegos em leitores que parecem ser seus contemporâneos, numa possibilidade
outra de transgredir, de fazer arte após o século de ouro da poesia que foi o XX para
Portugal.
Referências
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