sujeito poético registrou suas experiências numa espécie de diário de viagens pelos
países inglês e português. Puderam essas travessias configurar-se em uma transgressão
tal qual aquela do sujeito cínico, que, na sua errância, materializava uma vida outra
através do escândalo no compromisso ético de atingir os outros e dizê-los a verdade.
No tempo presente, tem-se em
Longe da aldeia
uma forma outra de arte, na qual o
sujeito poético, ao longo dos poemas, registra o seu tempo subjetivamente, provocando
desasssossegos em leitores que parecem ser seus contemporâneos, numa possibilidade
outra de transgredir, de fazer arte após o século de ouro da poesia que foi o XX para
Portugal.
Referências
AMORIM DE CARVALHO.
Teoria geral da versificação
. Lisboa: Editorial Império,
1987. 2 volumes.
BAUDELAIRE, C.
Sobre a modernidade:
o pintor da vida moderna. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1996.
BAUMAN, Z.
Modernidade Líquida
. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
CABRAL, R. P.
Longe da aldeia
. Lisboa: Averno, 2005.
FOUCAULT, M.
A coragem da verdade
: O governo de Si e dos outros II. Trad.
Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
FOUCAULT, M.
O governo de si e dos outros
. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
FREITAS, M. de (org.).
Poetas sem qualidades
. Lisboa: Averno, 2002.
MARTELO, R. M. Anos noventa, breve roteiro da novíssima poesia portuguesa. In:
Via
Atlântica
.
n.
3.
São
Paulo:
1999.
Disponível
em:
. Acesso em 06 mar.
2012.
MARTELO, R. M.
Vidro do mesmo vidro
: tensões e deslocamentos na poesia
portuguesa depois de 1961. Porto: Campo das letras, 2007.
MOISÉS, Massaud.
Pequeno dicionário de literatura portuguesa
. São Paulo: Cultrix,
1981.
PAZ, O.
O arco e a lira
. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 1992.
PESSOA,
F.
Autopsicografia
.
Disponível
em
<
>. Acesso em 07 mar. 2012.
1...,259,260,261,262,263,264,265,266,267,268 270,271,272,273,274,275,276,277,278,279,...445