be looked
at
like traditional art objects, but are experienced in time and space, and are
interactive with the viewers.”
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.
Se no âmbito do poema, o apelo visual é já uma proposta inovadora, a instalação,
pertencendo às artes visuais, deve conseguir ultrapassá-lo: deve interferir em outros
sentidos para deslocar o espectador passivo a uma condição de experienciador. É válido
lembrar que o sentido da visão não perde sua importância, mas, apenas deixa de ser o
único que se incita. Em alguns casos, a instalação pode inclusive propor o estímulo de
todos os sentidos ao mesmo tempo, com o objetivo de causar a sensação de caos ou de
excesso, temas muito discutidos na contemporaneidade, como vemos respectivamente
em (OSBORNE, 1981) e em (BOSCO e SILVA, PECCININI):
(...) an area of three-dimensional space pre-programmed or
mechanically energized in order to enclose the spectator and involve
him in a multiplicity of sensory stimulations – visual, auditory, kinetic,
tactile and sometimes olfactory. There is sometimes a deliberate
intention to create a sensory overload in order to disorient the senses.
(OSBORNE, Harold, 1981, p. 174).
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“A necessidade de mexer com os sentidos do público, de instigá-lo, quase
obrigá-lo, a experimentar sensações, sejam agradáveis ou incômodas, faz da Instalação
um espelho de nosso tempo.” (Bosco e Silva; Peccinini).
Quanto à sensorialidade em Barros, voltamos à ideia inicial de crítica discreta:
como a poesia manoelina não comporta explicação, partimos dos próprios versos para
esclarecer nossa proposta:
(...) – Difícil de entender, me dizem, é a sua poesia, o /senhor
concorda?/ – Para entender nós temos dois caminhos: o da/
sensibilidade que é o entendimento do corpo; e o da/ inteligência que é
[Instalações] são percebidas „no tempo‟ dado que não se pode olhar „para‟ elas como ocorre
com objetos de arte tradicionais, mas, são experienciadas no tempo e no espaço, além de serem interativas
com os espectadores. (tradução nossa).
Uma área de espaço tridimensional pré-programada ou mecanicamente energizada no intuito de
conter o espectador e envolvê-lo numa multiplicidade de estímulos sensoriais – visual, auditiva, cinética,
e por vezes olfativa. Há, em alguns casos, a intenção deliberada de causar uma sobrecarga sensorial com
o objetivo de desorientar os sentidos. (tradução nossa).