A PROSA POÉTICA MEMORIALÍSTICA DE BARTOLOMEU CAMPOS DE
QUEIRÓS: TENSÃO E COOPERAÇÃO ENTRE CRÍTICA ACADÊMICA E
LETRAMENTO LITERÁRIO
Hércules Tolêdo CORRÊA (UFOP)
RESUMO
: O escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós, com mais de quarenta
livros disponíveis no mercado editorial, tem sido bastante aclamado pelo meio
acadêmico e recebeu muitos prêmios importantes, nacional e internacionalmente. O
escritor também teve importante participação na vida cultural do país, sempre à frente
de programas de incentivo à leitura, como o Manifesto por um Brasil Literário, lançado
na Festa Literária de Paraty – FLIP – 2009. Estudiosos e militantes do letramento
literário também têm elogiado sua produção, procurando, na linha do “direito à
literatura” (CANDIDO, 1988), promover a circulação de sua obra, principalmente em
cursos de formação inicial e continuada de professores. Nessa mesma perspectiva, esses
trabalhos procuram estabelecer uma relação entre texto literário de qualidade
reconhecida com as práticas de leitura realizadas em sala de aula, como espaço de
emancipação pessoal. Com base nesses pressupostos é que apresentamos, nesta
comunicação, uma reflexão sobre a obra memorialística produzida por Bartolomeu
Campos de Queirós, ao longo de mais de duas décadas de trabalho:
Ciganos; Indez; Por
parte de Pai; Ler, escrever e fazer conta de cabeça; O olho de vidro do meu avô; Antes
do depois
e
Vermelho Amargo
. São sete obras que possibilitam e demandam um
pacto
de leitura autobiográfico
(LEJEUNE, 1975). Ao fazermos esta reflexão, procuramos
também apontar caminhos para a promoção do letramento literário no ensino
fundamental na perspectiva dos multiletramentos.
PALAVRAS-CHAVE
: letramento literário; prosa poética; Bartolomeu Campos de
Queirós; formação de leitores.
O direito à literatura e as tensões (indesejáveis) e as colaborações (possíveis) entre
academia e escola
A infância que já não existe presentemente, existe no
passado que já não é.
Santo Agostinho