Meisters selbst, und zwar in De interpretatione 4, 17a,1ff., beruht.
(SCHOELER, 2005, p.45)
“Que a Retórica e a Poética de Aristóteles devam ser consideradas
parte de seus escritos lógicos ( Organon), não chega a ser uma
peculiaridade da tradição árabe. Há muito se sabe que, já os
comentadores neoplâtonicos ( von Alexandrien ) de Aristóteles
tradicionalmente consideravam a obra aristotélica como um conjunto
coeso, e assim pensavam e debatiam sobre a obra do estagirita (...)
Otto Immisch notou agudamente que a relação entre Retórica e
Poética e os escritos lógicos de Aristóteles é uma relação sistemática
e bem fundamentada, e pode ser baseada em afirmação do próprio
Aristoteles ( Mais precisamente: De interpretatione 4, 17a,1ff.).”
(Tradução nossa)
III
Dito isso, entro, mais ou menos, no tema da comunicação e falar do meu objeto
de estudo, que é
A Maquina do Mundo Repensada
de Haroldo de Campos ( e sua
relação com a
Commedia
de Dante). Poema este que é uma especulação metafísica,
cosmológica, cosmogônica, escatológica, existencial, etc; um trânsito criativo entre
várias áreas do conhecimento. Nesse poema, como em outros (sobretudo
Signantia
Quasi Coelum
), o modelo é a
Commedia
de Dante. A diferença, no caso de
A Máquina
do Mundo Repensada
, é que a
Commedia
aparece, não apenas como modelo literário,
mas como modelo epistemológico-existencial. Dante é o modelo tanto do poeta ideal
quanto do homem acossado pelas vicissitudes da vida, da história... buscando a ordem
na Transcendência.
Ortega y Gasset em
La Rebelion de las Masas
afirma que
O homem com clareza mental é aquele que se liberta de ideias
"fantasmagóricas" e olha a vida de frente, e se da conta de que tudo
naquelas ideias é problemático, e se sente perdido. Como isso é
absolutamente verdade - ou seja, que viver é sentir-se perdido-, aquele
que aceita essa condição, já começou a encontrar-se, ja começou a
descobrir sua autentica realidade, ja está em terra firme.
Instintivamente, assim como o náufrago, buscará algo a que se
agarrar, e essa visão trágica, urgente, absolutamente verdadeira, pois
se trata de salvar-se, o fará ordenar o caos de sua vida. Estas são as
unicas ideias verdadeiras: as ideias dos náufragos. O resto é retórica e
fingimento. Aquele que não se sente perdido, perde-se
irremediavelmente; ou seja, não se encontra jamais, não se dá conta da
própria realidade. (ORTEGA Y GASSET, p. 121)
Haroldo, às vésperas de "naufragar", em Agosto de 2003, propôs ao irmão
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