Anais do VII Encontro do Cedap – Culturas indígenas e identidades - page 314

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Figura 1 – Capa da
Revista Brasileira de Psicanálise
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O lugar de destaque dado à carta de Freud a Durval Marcondes na capa da
Revista
Brasileira de Psicanálise
de 1967 legitima o primeiro passo para que esta Revista retome a
posição de veículo oficial da Psicanálise no Brasil. A rememoração destas palavras, neste
volume de 1967, reiniciaria o trabalho de divulgação da produção científica dos psicanalistas
brasileiros por um veículo oficial e nacional e daria o ímpeto às novas publicações do
movimento psicanalítico, diferente do ocorrido com a
Revista Brasileira de Psychanalyse
de
1928.
A
Revista Brasileira de Psychanalyse
teve vida curta e deixou de ser
editada durante muitas décadas. Foi retomada somente em 1967, na
segunda fase, quando finalmente se estabeleceu de forma sólida e
contínua. (SAGAWA, 2002, p. 29).
Mesmo com tal apoio do fundador da Psicanálise – Sigmund Freud – a
Revista
Brasileira de Psychanalyse
não teve continuidade depois de 1928. Mas, ela marcaria o
desfecho de uma fase introdutória das ideias de Freud no Brasil? Poderíamos encontrar tal
explicação na institucionalização da Psicanálise brasileira em meados do século XX.
Entretanto, como se constituiu este processo de institucionalização inicial da Psicanálise
brasileira? É o que tentaremos responder neste curto espaço proporcionado pelo artigo, pois
essas questões merecem ser sistematicamente pesquisadas por historiadores e
psicanalistas interessados na História da Psicanálise Brasileira, especialmente a respeito do
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No relançamento da
Revista Brasileira de Psicanálise
, em 1967, vol. 1, n. 1, inseriu-se a imagem da carta original que Freud
enviou a Durval Marcondes. A publicação da Revista tornou-se trimestral, dessa forma, no ano de 1967, ano do volume 1,
publicou-se, na sequência, os números 2, 3 e 4.
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