Anais do VII Encontro do Cedap – Culturas indígenas e identidades - page 303

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exemplares, aparecessem o texto; a sexta e a sétima eram constituídas pelos folhetins,
contos, resenhas, seções científicas e informativas; e, por fim, a oitava página apresentava
as últimas publicações recebidas e o necrológico da semana, acompanhado do retrato da
pessoa falecida. Algumas seções, como por exemplo, “Crônica Ocidental”, eram separadas
por vinhetas ornamentais que seguiam o estilo
Art Nouveau
, já anunciado no título.
Durante os anos iniciais, depois da primeira gravura, o primeiro item que aparecia
era o sumário, escrito de modo simples, limitava-se a apresentar de maneira separada o
nome dos escritos e de seus autores, assim como o nome das gravuras presentes, sem a
indicação da página. A partir de 1883, o sumário deixa de ser apresentado, isso se justifica
pelo fato dos editores – visando à venda de todos os exemplares e à coleção da revista por
parte dos leitores –, proporcionarem, ao final de cada ano, um frontispício e o índice anual
dos textos, em ordem alfabética, assim como, o índice das gravuras separadas por
assuntos, tais como: acontecimento, belas-artes, marinha, retratos, etc., acompanhados
pelos números das páginas. Confirmando sua tendência enciclopédica,
O
Ocidente
apresentava numeração contínua ao longo dos 36 exemplares anuais, ou seja, a revista
iniciava-se pela página 1, em 10 de janeiro, e terminava na página 268, em 30 de dezembro.
Diferentemente de muitas revistas produzidas na época que visavam mais ao lucro
mercantil do que ao artístico,
O
Ocidente
surpreende pelo fato de ter se mantido, por 24
anos – de 1878 a 1902 –, praticamente com o mesmo preço, sem submeter suas páginas
aos anúncios. Financiada por Alberto Caetano, a revista vivia das receitas provenientes de
assinaturas, da venda de suplementos temáticos, sobretudo gravuras, do seu almanaque
ilustrado, a partir de 1880, e de obras impressas na empresa
O Ocidente
. Por isso, seu
preço, apesar de corresponder aos padrões da época, era considerado econômico visto a
quantidade de gravuras que oferecia e a qualidade artística e literária que tinha. O valor de
sua assinatura, em Portugal, no ano de seu lançamento, era de 2$600 anual, série de 24
números; de 1$300, semestral, série de 12 números; $650, trimestral, série de seis
números; e avulso era vendida por $120 réis. No que diz respeito ao estrangeiro, a
assinatura anual custava 3$000 e a semestral 1$500, não eram vendidas assinaturas
trimestrais a esses países e nem número avulso. Em 1881, houve o único reajuste da
história da revista, por motivo do aumento de exemplares por mês. Assim, em Portugal, a
assinatura por 36 números, passou para 3$800; por 18 números, 1$900; e por nove
números $950. Neste ano, a revista passou a ser vendida nas Possessões Marítimas, sob o
preço de 4$000 por um ano ou 2$000, por seis meses.
Embora fosse distribuída para todo Portugal e vários países,
O Ocidente
não
publicava uma quantidade muito grande de exemplares. Rita Correia (2012, p. 4) explica
que não há informação quanto à sua tiragem, porém não seria superior a mil exemplares.
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