A FUNÇÃO HUMANIZADORA EM
ISTO É UM POEMA QUE CURA OS
PEIXES
DE JEAN-PIERRE SIMÉON
Luciana FERREIRA LEAL (DOUTORA - FACULDADES FACCAT/TUPÃ)
Fernando RODRIGUES DE OLIVEIRA (DOUTORANDO - PPGE – UNESP –
MARÍLIA - FAPESP)
RESUMO
: O objetivo do trabalho consiste em analisar as funções da Literatura, de acordo com
Antonio Candido em
A Literatura e a formação do Homem
, no livro
Isto é um poema que cura
os peixes
(2007). O texto de Jean-Pierre Siméon reflete sobre a poesia, através de Arthur, que
busca nesta arte a cura para o seu peixe chamado Leo, que está morrendo de tristeza. A três
funções (psicológica, formadora e social) exercidas pela Literatura, identificadas por Antonio
Candido, serão analisadas no livro em questão em que texto e ilustração se juntam para tratar da
poesia.
PALAVRAS-CHAVE
: Poesia; Literatura; Função humanizadora.
Introdução
O objetivo do trabalho consiste em analisar as funções da Literatura, com base
nas proposições de Antonio Candido no artigo “A Literatura e a formação do Homem”,
no livro
Isto é um poema que cura os peixes
(2007), de Jean-Pierre Siméon. Esse livro,
apresenta uma reflexão sobre a poesia, por meio da personagem Arthur, que busca nesta
arte a cura para o seu peixe – Leo –, que está morrendo de tristeza.
O livro possibilita a descoberta de infinitas possibilidades para as palavras,
sons, rimas e figuras de linguagem – não há dúvida de que a poesia pode ser uma cura,
uma salvação. As diferentes possibilidades de indefinição fazem a poesia ser tão rica e
poderosa, visto que ela pode acontecer das mais diversas formas.
Antonio Candido identifica três funções exercidas pela Literatura, são elas:
função psicológica (necessidade de fantasia), função formadora (as fantasias têm base
na realidade) e função social (identificação do leitor e de seu universo vivencial), as
quais, em seu conjunto, denomina de função humanizadora da Literatura.
As três funções, identificadas por Antonio Candido, podem ser pensadas no
livro em questão em que texto e ilustração se juntam para tratar da poesia, o que nos
permite a dupla leitura poética e humanizadora: a do texto e a da imagem.