Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 937

falou, em que condição se falou e para quem se falou, antes ignorados, passaram a ter
especial importância.
Assim, tanto a escrita quanto a fala devem se manifestar com propósitos
comunicativos significativos.
O pensamento se materializa no discurso, e este em modalidades de uso da
língua – fala ou escrita. No processo de aquisição de línguas a oralidade precede a
escrita, mas muitas vezes o aprendiz de língua estrangeira tende a seguir o caminho
inverso.
O fato do aprendiz de língua estrangeira – inglês agir dessa demonstra
insegurança e demasiada preocupação com correção gramatical e erro, ao invés de um
compromisso com a interação, com a competência comunicativa.
Qualquer língua é baseada na comunicação oral, a parte mais importante de uma
língua viva, na medida em que todo o resto advém da fala: regras gramaticais,
vocabulário, ortografia etc. Quando uma língua não é amis falada ela morre. O que fica
dela é só história, ninguém mais a usa para fins comunicativos. Evidentemente a escrita
tem sua relevância para a perpetuação da língua, mas ela é feita a partir da fala.
No ensino aprendizagem de línguas estrangeiras deve ser pautado na prática
social do uso da língua como forma de construção das relações sociais e de percepção
de mundo.
Segundo Soares (2001) “não basta apenas saber ler e escrever, é preciso também
saber fazer uso do ler e do escrever, saber responder às exigências de leitura e escrita
que a sociedade faz continuamente”. (p. 20).
Esta é uma realidade social que leva em conta o letramento que de acordo com
Kleiman (1995) deve ser considerado como "conjunto de práticas sociais, cujos modos
específicos de funcionamento tem implicações importantes para as formas pelas quais
os sujeitos envolvidos nessas práticas constroem relações de identidade e poder uma vez
que o fenômeno do letramento extrapola o mundo da escrita" entendido apenas como
processo de aquisição e uso de formas linguísticas em um código alfabético.
Referências Bibliográficas:
BAKHTIN, Mikhail.
Marxismo e filosofia da linguagem
. Trad. Michel Lahud e Yara
Frateschi Vieira. 9.ed. São Paulo, Hucitec, 1999.
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