Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 917

As considerações anter iores vi sam a cor roborar uma anál i se,
que encont ra eco, sobretudo, nos es tudos concret i s tas , tão habi tuai s nos
anos 80. O nome da protagoni s ta, formulação rara, deixa-nos em dúvida de
saída: o fonema representado na escrita pela letra
x
deve ser l ido com som
de / s/ , como em
êxi to
, ou de /ch/ , como em
caixi lho
? Conforme a escolha,
ressoarão no nome di ferentes vocábulos , todos pass íveis de alguma
interpretação.
A primeira possibilidade sugere que Maria Exita não
hes ita
em suas ações , t ranqüi la ao l idar com o polvi lho, mas Sionés io
hesita
em se
deixar apaixonar :
Quer i a e não podi a, dar vol t a a uma coi sa. Os di as i am. Passavam as
coi sas , pret ext adas. Que t emi a , poi s, que não sabi a que t emesse? Por
vez , pensou: era , e l e mesmo, são? Tinha por onde a merecer? (PE,
p .137).
No t recho, f ica clara a dúvida do fazendeiro, que herdou a
ter ra, e agora teme uma poss ível herança da amada, que pode tornar -se
leprosa, como o pai ou leviana, como a mãe.
Uma segunda poss ibi l idade para o nome da protagoni s ta pode
propor que Mar ia Exi ta tem
êxi to
no que t rabalha e em fazê- lo enamorado: é
boa em quebrar polvi lho, serviço que ninguém aprecia, e torna-se l inda aos
olhos do fazendei ro jus tamente quando está na lida:
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