Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 363

Em relação a propaganda política de DR temos a mesma construção, ou seja, a
propaganda também se dá em forma de fotografias em quadros na parede. No entanto, a
propaganda apenas retoma o governo do ex-presidente FHC – aliado ao PSDB – e o
governo de Lula, colocando-os lado a lado e dizendo sobre cada governo. Nesses vídeos
fizemos apenas dois recortes, que são:
A propaganda tem os seguintes dizeres: “Esse presidente mostrou um jeito
PSDB de governar. Pouco apoio aos pobres. Desemprego. Arrocho salarial e dívida com
o FMI. Depois veio esse presidente com o jeito PT de governar. Com ela, recorde na
geração de emprego. Ascensão social de milhões de brasileiros. Aumento do poder
aquisitivo e o Brasil mais forte que nunca. São esses dois modelos de governar que
disputam essa eleição. Qual deles você acha melhor para o futuro do Brasil?”. Sendo
assim, é necessário recorrer a todo momento a memória discursiva, pois, como já foi
dito, o FHC é aliado de JS e a propaganda direciona outros sentidos para como foi o
governo do ex-presidente FHC, diferentemente da propaganda de JS devido sua posição
ideológica. Além disso, mostra os feitos no governo de Lula e direciona o
eleitor/telespectador a associar esses dois governos, comparar e saber escolher na hora
do voto, remetendo à ideia de que a candidata DR, ao ter apoio político do então
presidente, deve ser a melhor a ocupar o cargo ou o “quadro na parede” já que dará
continuidade a forma de governo de Lula.
Desta maneira, o trocadilho por nós provocado no título, visa direcionar os
sentidos das propagandas, pois acreditamos que não se trata de um sentido novo, já que
podemos notar que cada ex-presidente é associado ao presidente que virá a governar, ou
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