Zélia Lopes da Silva (Org.)
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Entrevistadoras:
Faz quantos anos?
— A.L.M.:
Faz doze anos que sou casado. Doze anos morando junto, né.
Entrevistadoras:
E os filhos?
— A.L.M.:
Eu tenho um filho ótimo, uma menina ótima, graças a Deus.
Entrevistadoras:
São dois filhos?
— A.L.M.:
Dois.
Entrevistadoras:
Eles frequentam a escola?
— A.L.M.:
Frequentam. Meu moleque estava terminando a escola. Está com quinze anos,
está fechando tudo. Graças a Deus, não repetiu nenhum ano. Minha menina está com oito
anos, já está na terceira série. Então, graças a Deus, está indo bem. De vez em quando
eles querem me ensinar bastante.
Entrevistadoras:
É uma relação boa, não?
— A.L.M.:
Boa, graças a Deus. Meu moleque, graças a Deus, não gosta de sair de casa.
Ele gosta de ficar no computador e no
video-game
, essas coisinhas, assim. É mais em
casa mesmo. Faz os trabalhos dele da escola. De vez em quando ele vai conversar com
os colegas da igreja, o “grupo de jovens” da igreja.
Entrevistadoras:
Vocês frequentam bastante a igreja?
—A.L.M.:
Isso. Graças a Deus. Isso aí desde pequeno, desde o berço minha mãe ensinou
nós assim, né.
Entrevistadores:
E você mora em casa própria?
— A.L.M.:
Oh, eu moro na casa do meu sogro, né. Só que é separado, né. Eu moro no
fundo da casa dele, entendeu, graças a Deus.
Entrevistadoras:
Você já teve algum problema de saúde?
— A.L.M.:
Graças a Deus, não.
Entrevistadoras:
Nem antes nem depois da Cooperativa?
— A.L.M.:
Graças a Deus, não, a mesma coisa.
Entrevistadoras:
Conte como você conheceu e como foi esse processo de sua chegada
à Cooperativa?
— A.L.M.:
Começou lá na Igreja Prudenciana. Eu até pensei: não vai dá em nada isso aí.
Você vai vendo muitas reuniões e tal. Falava. Só faz reunião e nada. Fiquei com isso na
cabeça. Aí, fiquei, acho que seguindo eles, mais ou menos, uns seis meses. Eu cheguei
até a Ana Maria e falei: “Eu não vou poder seguir vocês”. Então, eu saí e arrumei um
serviço de caseiro no banco do Banespa, que vai para o Novo Oeste. Ah, não tinha outro
serviço. Vou abraçar esse aí que era para cuidar de clube, né. Peguei minha esposa e meu
filho e fomos para lá. Fiquei um ano. Aí, mudou de presidente (porque era um clube, então
tem as regras igual a Cooperativa), o outro não quis ficar comigo. Aí, eu entrei na frente
de trabalho, com o pessoal para carpir rua, mexer na Prefeitura. A frente de trabalho era
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