Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 979

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como Jorge Luís Borges, Silvina Ocampo, Bioy Casares, são personagens e
companheiros do personagem fictício deste romance, Angel Juncal Laprida. Da mesma
maneira, na legenda são referenciados espaços da cidade de Buenos Aires em que essas
personalidades frequentavam _ o bairro, Palermo Viejo, e o bar Café Tortoni, para
fornecer elementos documentais de uma referência extra-texto, que faça com que o
leitor se situe e comprove a veracidade das informações prestadas pelo narrador-
personagem, Miguel Real.
Com presumível autoria de Bioy Casares ou de
Angel Juncal Laprida
,
[fictício]
ou, possivelmente, dos dois ao mesmo tempo, retrato de 1931 do grupo
fundador da revista modernista portenha Sur, destacando-se ao centro J.L.
Borges, imediatamente por trás, com óculos, Silvina Ocampo e, à esquerda, sua
irmã Victória Ocampo.
1931 é igualmente o ano de inauguração da mansão labiríntica e fantástica que
Angel, inspirado e aconselhado por
J. L. Borges, [real]
e com os fundos da
venda de duas “haciendas” paternas na província de
Córdova
, mandou
construir no bairro de
Palermo Viejo, em Buenos Aires.
Nesta mansão
labiríntica e fantástica, hoje habitada apenas pela sua filha, Dª Mignon Alberta
Juncal Laprida Durañona, fomos encontrar, involuntariamente, o manuscrito
inédito do conto de Eça de Queirós, A VISÃO DE TÚNDALO.
(itálicos nossos)
(VTpEQ, p. 09)
A foto e respectiva legenda, apresenta viés de epígrafe, e também relaciona-se
ao capítulo 1, pois evidencia um procedimento igual em cada início de capítulo, na
medida em que antecipa a ação do capítulo 1 e do romance inteiro, ao situar o espaço
narrativo (real, extra-texto) _
Buenos Aires
, no bairro de
Palermo Viejo
; mostrar alguns
dos personagens que participarão da ação _
Dª Mignon Alberta Juncal Laprida
Durañona e Eça de Queirós _
que são contaminadas pelas referências reais extra-texto,
_
Revista Sur, 1931, Bioy Casares, J. L. Borges, Silvina Ocampo, Victória Ocampo, Eça
de Queirós;
e também antecipar a ação, pois cita o encontro do manuscrito inédito de
Eça de Queirós _ “
fomos encontrar, involuntariamente, o manuscrito inédito do conto
de Eça de Queirós, A VISÃO DE TÚNDALO”;
assim como dirige o leitor a uma
abordagem de leitura, intertextual, quando menciona o manuscrito medieval, na
referência ao texto
A visão de Túndalo
.
Tais procedimentos podem confundir o leitor a não ler adequadamente o texto,
se ele não tiver um repertório relacionado à Idade Média ou se não estiver familiarizado
com a literatura argentina, pois o leitor não saberá se tudo o que está descrito na legenda
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