Além dos novos rumos no “além” e no “aquém”, a semiótica parte para fora do
percurso.
O estudo dos sistemas semissimbólicos (semióticas sincréticas e semiótica
visual) é um campo de investigação recente que parece ter sido impulsionado pelo
aumento das pesquisas voltadas à compreensão dos textos midiáticos. Na preocupação
de se aprofundar no plano do conteúdo, a semiótica acabou ignorando aquilo de que
Hjelmslev (1975, p. 60) falou no
Prolegômenos
: “sentido da expressão”.
Greimas (2002, p. 35), em
Da Imperfeição
, ao falar da dimensão sensorial do
plano visual, estabelece uma hierarquia de sensações:
Figura 2: Hierarquia de sensações
É com base nesse “percurso gerativo da expressão” (se assim podemos
denominá-lo) que estudos do plano da expressão foram e vêm sendo desenvolvidos, por
Floch (1985, 1990, 1995), Pietroforte (2007, 2010), entre outros.
Essa idéia é retomada por Oliveira (2004, p. 118), que propõe um esquema
metodológico, de acordo com o qual “partindo-se do estudo dos
ícones
manifestos no
nível superficial da expressão, das figuras que se manifestam no nível intermediário,
chega-se ao dos traços não figurativos, os formantes, no nível da estrutura profunda do
plano de expressão”: