Figura 3: Estrutura do plano de expressão
Considerações finais
Esse rápido comentário sobre algumas das principais reformulações por que
passou a teoria semiótica desde sua fundação, nos anos 60, é apenas uma constatação de
que “ela descobre novos campos de investigação e desloca progressivamente seus
centros de interesse” (Fontanille 2007, p. 22).
Ainda que a semiótica tenha mantido, ao longo de seu percurso como teoria da
significação, “praticamente intacta a sua couraça epistemológica, suas grandes linhas de
reflexão (o papel da imanência na análise textual, a narratividade, a reflexão sobre as
modalidades, o conceito de “percurso” e de “geração”, etc.)” (Portela 2008, p.17), a
morte de Greimas em 1992 permitiu a abertura para novos rumos por parte dos
colaboradores do projeto semiótico.
Com isso, vê-se atualmente na semiótica francesa as pesquisas enveredarem
sobretudo pela semiótica tensiva (Zilberberg 2006a, 2006b), pela sociossemiótica
(Landowski 1992, 2002, 2004, 2005), pela semiótica discursiva (Fontanille 2007) e
pelos estudos semissimbólicos.
Quando Merleau-Ponty (1999, p. 20) diz que “o inacabamento da fenomenologia
e o seu andar incoativo não são o signo de um fracasso, eles eram inevitáveis porque a
fenomenologia tem como tarefa revelar o mistério do mundo e o mistério da razão”,
pode-se fazer aqui um paralelo com a semiótica, haja vista o quadro teórico atual,