A questão da musicalidade exposta através do ritmo não está vinculada apenas
na estrutura visível do poema, mas também “por fora, na teia de significados que o
poema vai gerando através de vários procedimentos com a elipse e a lacuna, de modo a
construir uma realidade psicológica e atingir a mente ou a emotividade do leitor”
(Victor, 2011).
Dessa forma, é importante ressaltarmos que a presença da musicalidade pode
estar presente de forma mais forte “fora do texto”, partindo da interpretação realizada
mentalmente pelo leitor.
Essa “interpretação” realizada partindo do conceito psicológico do leitor, não é
presente apenas em relação à musicalidade, mas também às questões sociais
apresentadas na poesia de Alvim que visa a opinião do outro, estabelecendo cada vez
mais o olhar lírico e solidário do autor, de modo que possamos encontrar em sua poesia
questões sociais relacionadas a qualquer individuo por meio de poemas que parecem “
frases prontas”.
Bibliografia:
ALVIM, F.
Elefante.
São Paulo, Companhia das Letras,2000.
________.
O Metro Nenhum.
São Paulo, Companhia das Letras,2011.
CAMENIETZKI, Eleonora Ziller.
Ao rés da fala : alguns comentários sobre a poesia
de Chico Alvim e Ferreira Gulla
r.
Disponível em:
VICTOR, F. Em novo livro, Francisco Alvim se equilibra entre o lírico e o cotidiano,
Folha
de
S.
Paulo,
17/09/2011,
p..
3
.
Disponível
em:
.
RIGGI, F.
A face mais banal de Francisco Alvim. Disponível em:
,
SANTANNA, A.R. Musica Popular Brasileira e Moderna Poesia Brasileira, 1978.
1...,281,282,283,284,285,286,287,288,289,290 292,293,294,295,296,297,298,299,300,301,...445