Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 1235

Conclusões
Para transmitir e conhecer histórias os sujeitos terão de se expressar e
decodificar expressões. Sabemos que essa expressão é possível através da linguagem.
Conforme Jobim e Souza (2008), a linguagem diz respeito às formas possíveis de
comunicação, como a escrita, a fala, os gestos e etc. Para Vygotsky (2005), a linguagem
é mais do que um instrumento social que possibilita a comunicação entre as pessoas.
Para o autor supracitado, a linguagem permite que expressemos nossa subjetividade, ao
mesmo tempo em que possibilita influenciarmos uns aos outros através dela, que passa
a conter e transitar entre os significados. A partir disso, e baseados em Freud (1996
[1893]), conjeturamos que a linguagem proporciona ao sujeito a externalização de
experiências que lhe foram desagradáveis, e que ao expressar tais sentimentos e
reelaborá-los poderá dar novos sentidos a eles.
A literatura entraria como um objeto onde seriam depositadas as interpretações
dos sujeitos, demonstrando os olhares que os mesmos têm para com o mundo e as
formas que encontraram para lidar com ele. Para Boff (2002), o leitor sempre se
implicará na leitura de outro narrador e é aí que sugerimos a possibilidade do leitor se
ver através da obra do autor.
A disposição interna de quem se põe a conhecer uma história é o que
direcionará o lugar para sua interpretação. Histórias fictícias são capazes de suscitar
sentimentos, revelando algo que esteve guardado dentro do sujeito, pois, do contrário
não emergiriam. Mas, para isso, é necessário que o sujeito se renda à história, ou seja,
acreditamos que é preciso que se tenha ou se crie uma pré disposição para a leitura.
Vimos que a linguagem se trata dos meios possíveis de comunicação entre os
homens. Sabemos que as possibilidades de comunicação são muitas, assim como as
formas de captarmos, transmitirmos ou de termos nossos sentimentos emergidos por
elas. Podemos nos comunicar através de livros, musicas, filmes, pinturas, esculturas,
gestos, palavras... Enfim, são infinitas as formas que a humanidade tem encontrado para
reagir às emoções, assim como Freud (1996 [1893]) sugere que façamos, a fim de
evitarmos adoecimentos psíquicos.
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