tamanho das letras e fontes, é quase sempre o mesmo. Os textos, na maior parte do
jornal, estão divididos em quatro colunas.
Figura 1 – Capa do primeiro
JL
.
Examinar alguns aspectos do editorial publicado no primeiro exemplar do
JL
,
ajuda a entender o momento em o jornal surge. O diretor José Carlos de Vasconcelos
enfatiza, por exemplo, os obstáculos que o
JL
terá que enfrentar:
Sem dúvida o “JL” é uma aposta e um desafio. Contra muitas coisas, entre as quais se
contam o obscurantismo, o sectarismo, a intolerância, as “guerras de alecrim e
manjerona” de um certo subdesenvolvimento mental. E a favor de muitas outras, entre
as quais avultam a mudança de mentalidades e as transformações culturais que se
impõem e que o 25 de Abril – também nossa razão de ser e de existir – ainda não
conseguiu realizar. (
Jornal de Letras, Artes e Ideias
, 1981, p. 2).
Ainda no editorial inaugural, o diretor relata as aspirações, os objetivos e o espaço
que o periódico pretende ocupar no cenário da cultura. O Vasconcelos é incisivo ao
afirmar:
Com efeito o “JL” aspira a fazer jornalismo, e bom jornalismo especializado na área a
que se dedica. Compatibilizando no grau mais elevado possível a qualidade com a
acessibilidade, ou mesmo a divulgação, queremos ser um quinzenário de cultura
potencialmente para toda a gente. Recusamos, pois, os códigos das linguagens cifradas e
os exercícios herméticos para pretensos iluminados. (
Jornal de Letras, Artes e Ideias
,
p.2, 1981).