anterior e exterior, independente ao construído do enunciado, que determina o que cada
um conhece, pode ver ou compreender, é assimilado no processo de assujeitamento
ideológico no qual realiza sua identificação como sujeito enunciador.
Ademais, incorporamos o conceito de interdiscurso como o define Orlandi
(1999) em sua teorização do discurso em relação à ideologia e à historicidade: como a
memória que torna possível o dizer para sujeitos num determinado momento e que
representa o eixo de sua constituição, “é todo o conjunto de formulações feitas e já
esquecidas que determinam o que dizemos” (ORLANDI, 1999, p. 33). Este conceito se
diferencia do intertexto que se restringe à menção explícita ou implícita de outros
textos.
A lingüística na Argentina
Como base para nosso estudo apresentamos uma síntese da situação da Análise
do Discurso no mundo hispânico e na Argentina. Em primeiro lugar, é preciso
mencionar o trabalho de Sálvio Martín Menéndez (2009), pesquisador do Consejo
Nacional de Investigaciones Ciencia y Tecnologia (CONICET) e professor da
Universidad de Buenos Aires (UBA) e da Universidad Nacional de Mar del Plata
(UNMdP), sobre a Historiografia Lingüística e Análise do Discurso publicado na
Revista argentina de historiografía lingüística.
O autor estabelece os fundamentos da
Análise do Discurso como teoria de base para analisar a história das idéias lingüísticas.
Ele propõe a Análise Estratégica do Discurso que consiste em explicar o funcionamento
sócio-histórico do discurso como conjunto de estratégias discursivas, para isto ele se
baseia na Lingüística Sistêmico-Funcional.
Numa primeira pesquisa sobre a Análise do Discurso na Argentina, não
encontramos trabalhos que tratem sobre a temática aqui proposta. Devemos mencionar