estilo individual, mas em termos de discurso, das relações que se estabelecem entre o
falante usando o sistema com determinados fins, produzindo discursos com estratégias
que permitem dar conta deles.
Além disso, destacam-se três trabalhos, sobre a historiografia lingüística na
Argentina, publicados em 2007 na revista
Hispanic Issues Online
. Os três respondem à
proposta da editora sobre a importância dos estudos lingüísticos nas ciências humanas e
sobre a incidência da disciplina lingüística, no ensino, nas suas tendências e
desenvolvimento dentro do seu contexto.
O primeiro trabalho, das autoras Mabel Giammatteo e Hilda Albano, professoras
da Universidad Nacional de Buenos Aires (UBA), “Los estúdios lingüísticos en
Argentina: un breve panorama”, parte da incorporação dos estudos Saussureanos ao
Instituto de Filología y Literaturas Hispánicas “Dr Amado Alonso” (UBA). O estudo
aborda as correntes lingüísticas até a atualidade. O diretor do instituto, o espanhol
Amado Alonso, junto com seus discípulos traduzem ao espanhol o
Curso de Lingüística
Geral
de Saussure em 1945. Isto desencadeará uma das correntes de maior peso na
Argentina, o estruturalismo, amplamente difundido por uma das discípulas, Ana María
Barrenechea. Já em 1960, se incorporam novas linhas ao estruturalismo, teremos um
auge de textos para o ensino médio publicado pela cátedra de gramática na
Universidade de Buenos Aires (UBA) que estabelecia suas bases teóricas no
estruturalismo de Saussure, no funcionalismo da escola de Praga e na glossemática de
Hjemslev. Seus interesses visavam à sintaxe e às classes de palavras. Em 1966, a
direção da cátedra é tomada por Kovacci, com os fundamentos do descritivismo
europeu e incorpora noções de fonologia e morfologia. A cátedra estava orientada para a
descrição das línguas indígenas (toba, guarani e quéchua) e também promulgava os