estudos dialetológico. Nos anos 70, começa a se difundir a teoria chomskyana; na
mesma cátedra se mantém o estruturalismo, mas com aportes da gramática gerativa. A
partir dos anos 80, surge uma tendência mais textualista com a repercussão dos livros,
“Coesão” de Halliday (1976) e, “Texto e Contexto” de Van Dijk (1978). Soma-se uma
concepção interdisciplinar da lingüística como a sociolingüística, a dialetologia, a
psicolingüística, aparecem trabalhos sobre o espanhol de Buenos Aires, e sobre
tipologia textual de textos académicos. Uma das teorias que prevalece na atualidade é a
gramática sistêmico-funcional, seguindo o modelo de Halliday. A psicolingüística é
voltada para a aquisição da linguagem do espanhol língua materna em base a dois
quadros teóricos: o cognitivismo e o gerativismo. Atualmente, a Argentina transformou-
se em um importante centro de ensino do espanhol como segunda língua. No final dos
anos 90, se acentuaram os trabalhos sobre as línguas originárias, sobretudo para resgatar
as que estão em perigo de extinção, realizam-se estudos lingüísticos junto com estudos
étnicos, culturais e religiosos. Também, estudam-se os fenômenos das línguas indígenas
nas zonas urbanas. Na lingüística aplicada, trabalha-se com o ensino do espanhol língua
materna e estrangeira, com as patologias da linguagem, e com as traduções e a criação
dos dicionários.
O segundo trabalho de relevância, “La lingüística en Argentina una ojeada
retrospectiva” de Angela Di Tullio, pesquisadora da Universidad Nacional del Comahue
(UNCOMA), trata sobre os últimos 30 anos da lingüística na Argentina. A autora afirma
que a tradição mais forte na Argentina foi a européia, principalmente a francesa, pode-
se dar conta disto pela grande presença do estruturalismo, do funcionalismo praguense e
dos estudos do discurso, em detrimento da Gramática Gerativa, talvez por uma menor
influência dos Estados Unidos. A autora faz uma cronologia dos principais eventos que