A escrita historiográfica, seus protocolos e fontes - page 162

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Imagem 1
– Imagem de satélite do Cemitério São Pedro em Londrina.
Fonte:
Extraída do site
Acessado em 11 de outubro de 2012
2 Pioneiros e pioneirismo em Londrina: discursos e representações.
Como já apontamos brevemente, as representações sobre a cidade de
Londrina e sobre o empreendimento da Companhia de Terras Norte do Paraná foram
diversas e largamente difundidas. Essas representações sobre a região moldaram
também as concepções acerca das pessoas que migraram, motivadas pelas
publicações, a fim de participar desse projeto.
Nos períodos em questão – os anos do Eldorado – a representação
do pioneiro portava um conjunto e significados distintos: ao mesmo
tempo em que era identificado ao pioneiro norte-americano, era
revestido da aura épico-mítica do bandeirante paulista, o que tornou
possível a incorporação, em seu conteúdo, tanto da ideia de
desbravador, como a do fazendeiro de café, representado também
como um bandeirante moderno. Essas associações foram facilitadas
e mesmo estimuladas pelo amplo significado do termo pioneiro, que é
originário do francês – pionnier – e quer dizer: militar, separador,
explorador de sertões (ARIAS NETO, 1995, p. 69-82)
.
[o pioneiro] é ora identificado aos bandeirantes paulistas do século
XVI e XVII, ora aos que chegaram primeiro, derrubaram as matas e
construíram as primeiras edificações. Apesar das nuances
diferenciadas, são portadores de um mesmo conjunto de
representações e compartilham uma memória comum sobre a cidade
que parece se caracterizar pela atribuição de valores de heroísmo a
ação colonizadora com base na livre iniciativa, capitaneada pela
CTNP (ADUM, 2009).
Esses homens e mulheres que chegaram a Londrina, sobretudo, entre os anos
de 1930 e 1950 são considerados como importantes agentes do processo de
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