Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 167

A MÍDIA COMO DISPOSITIVO DE PODER NA
CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADES
Hulda Gomides OLIVEIRA
1
.
Resumo: Ao perceber as articulações entre as instâncias do
discurso
e do
poder
,
extensamente investigadas e trabalhadas por Michel Foucault, é que propomos
desenvolver este texto, porém, não só nos limitando a essas duas esferas, mas sim,
incluindo a
mídia
na discussão, no sentido de compreender como ela participa do
processo de constituição de
subjetividades
. O trabalho, assim, dividiu-se em três partes,
uma que se volta mais à teoria, outra mais à análise e uma última mais conclusiva.
Dessa forma, no primeiro momento, da primeira parte, fizemos uma retomada teórica,
trabalhando as noções de saber, poder e discurso, e, no segundo momento, falamos da
questão da subjetividade e da importância do sujeito segundo o pensamento de
Foucault. Já na segunda parte, trabalhamos a
vontade de verdade
como sistema de
exclusão, pensando a validez dessa reflexão para a análise da mídia, e, por último,
falamos de como as relações entre poder e alguns conceitos dos estudos do discurso
(sentido, formação discursiva e enunciado) ajudam a entender o sistema midiático como
formador de subjetividades.
Palavras-chave: Mídia, Poder, Discurso, Subjetividades, Foucault.
Introdução
Suponho que em toda sociedade a produção do discurso é ao
mesmo tempo controlada, selecionada, organizada e
redistribuída por certo número de procedimentos que têm por
função conjurar seus poderes e perigos, dominar seu
acontecimento aleatório, esquivar sua pesada e temível
materialidade.
Foucault,
A Ordem do Discurso, 1996.
1
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, da Faculdade de Letras, da
Universidade Federal de Goiás, UFG, Goiás, Brasil, bolsista CAPES,
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