O QUE NOS ENSINA UM TEXTO ARTÍSTICO?
Eliane Patricia Grandini SERRANO
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Guiomar Josefina BIONDO
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Resumo
O artigo modeliza-se a partir das propostas de Carlo Ginzburg, sobre a leitura de
imagens como suporte educacional e também destaca algumas relações analíticas de
Michel Foucault, sobre o discurso. Dentro de uma visão cultural discute a visibilidade
de textos imagéticos e suas possíveis leituras. Nesta perspectiva Foucaultiana sobre o
modo de trabalhar o discurso visual, a prática não é entendida como aplicação da teoria.
Teoria e prática não são estanques e/ou compartimentadas; ambas podem ser vistas
como “faces” de uma mesma moeda, por entender que o saber enseja um fazer e que o
fazer desvela o saber. A leitura imagética não vê a interpretação desconectada de
sentido, ela problematiza os modos de ver, dizer, agir e fazer a fim de fomentar uma
educação capaz de formar sujeitos questionadores e criativos. Como exemplo,
propomos um olhar sobre uma obra presente no documentário “Lixo Extraordinário” de
Vik Muniz (2010).
Palavras-chave:
Foucault, Visualidade, Leitura verbal e não-verbal.
“Descrever uma formulação enquanto enunciado não
consiste em analisar as relações entre o autor e o que ele
disse(ou quis dizer, ou disse sem querer); mas em
determinar qual é a posição que pode e deve ocupar todo
indivíduo para ser seu sujeito”.(FOUCAULT, 1986, p.
109)
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UNESP/FAAC/ Bauru,
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UNESP/FAAC/Bauru,