(Forma do Conteúdo), conforme D’Ávila (2007b). No primeiro, a letra O significa
organização. No segundo, o O significa Orientação. Porém, interessante se faz, para um
melhor aproveitamento dos conteúdos aqui explorados, que os nossos caros leitores
tenham sido introduzidos na teoria da Figuratividade Visual, obtendo repertório
necessário para o devido acompanhamento do trabalho.
A apresentação do texto visual, objeto de análise, será feita, por critérios de editoração,
em preto e branco, excluindo-se a característica classemática da cor (
colorema e
cromema
) e da manifestação verbal. Apesar da aparente perda do sentido na
desconstrução do texto visual - uma vez que a cor, dotada de valor passional, como
observa D´Ávila (2003c, p. 156), promove a factitividade, exprimindo uma relação
causal responsável pela produção de estados de alma, de efeitos de sentido, de timias
que permitem ao destinador da mensagem manipular pela sedução, ou seja, ao
Fazer/querer-ver/ - a análise em preto e branco nos permitirá reflexões e triagens mais
profundas, evitando-se projeções embreadoras que nos conduzam à re-representação do
conteúdo, situações que são características do figurador 2 do
mythós.
Quando
necessário, ao analisarmos o figurador 2 (do
mythós),
iremos declinar ao leitor as cores
utilizadas pelo destinador da mensagem para que os destinatários, usando de sua
imaginação e de seu
background
cultural, possam reconstruir a imagem e enriquecer sua
significação. Nossa base de análise será a teoria daviliana, fundamentada nas teorias de
Greimas, Coquet e Peirce, que propõe a descontrução formal e sígnica do todo
significante, com a intenção de encontrar a
essência
dos primitivos figurativos pela
formação do traço, cujas modificações nele efetuadas implicam, consequentemente, a
alteração do significado visual da totalidade apreendida