aturar).
Percebe-se que o sujeito sabe usar recursos para manipular o destinatário,
portanto, ele é dotado de uma competência que constitui-se de um querer-saber-poder-
fazer.
Não há fatos explícitos da performance. Somente pelos versos 21 e 22 constata-
se que Terezinha distanciou-se. A sanção é também informada pelo narrador externo
quando diz que Terezinha
deu no pira,
ou seja, afastou-se do sujeito.
O texto verbal é organizado por 14 estrofes em forma gráfica de um poema, no
entanto, as propriedades musicais não permitem que ele tenha integralmente uma
estética poemática, já que as palavras submetem-se a uma rítmica musical e não a uma
métrica literária. Além do refrão que se repete, temos a repetição de outras estrofes, o
que faz do texto um ir e vir de reafirmação de ideias. É no refrão que se confirma o
estado soberbo do sujeito, sendo muito importante para seu propósito concretize-se.
O discurso é projetado por duas instâncias em actorialização, espacialização e
temporalização: uma debreagem enunciativa e uma debreagem enunciva. A primeira é
prodominante no texto; há um sujeito (eu), num tempo (agora) e num espaço (aqui) que
pode ser validado no verso 14
Ainda sou mais eu.
Os versos 28 a 33 são caracterizados
pela debregagem enunciva em que há uma pessoa (ele) que fala, num tempo do então
(não concominante ao momento da enunciação) e num espaço lá (espaço distinto do
aqui). Há uma espécie de narrador externo que conta a reação dos outros com o
ocorrido, sendo também afirmada a partida de Terezinha.
O discurso inicia-se com um pedido de distância pelo sujeito, afirmando que
não
dá mais pé,
ou seja, não há a possibilidade de reconciliação entre os dois. Prossegue
dizendo que a amada ao
se levantar
, deixa de estar ao lado do sujeito e acaba perdendo-
o.
Em seguida, intensifica-se a provocação ao se perguntar de maneira insistente
pelo novo amor de Terezinha. A seguir, há o ápice da provocação, o sujeito zomba da
amada, com risos ininterruptos por meio da onomatopéia “quaquaráquaqua”,
concluindo-se com a expressão “Ainda sou mais eu”.
Dos versos 15 ao 17 é demonstrado um interesse da enunciatária em voltar com
o sujeito. Mesmo assim, ela é ridicularizada e terá de aturá-lo pois se ela praticou tal
ato, estava disposta a aceitar as consequências. Os versos 21 a 23 são marcados
novamente pela provocação, mas agora deve-se a ausência de Terezinha que deveria
estar envergonhada com sua atitude.