UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A RECEPÇÃO DE
MEMÓRIAS DE
UM SARGENTO DE MILÍCIAS
NO CONTEXTO ESCOLAR
Fábio Coutinho SILVA
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RESUMO
O presente artigo pretende refletir sobre a recepção de um clássico da literatura
brasileira para a juventude atual dentro do contexto escolar, procurando desenvolver
uma análise incitada por uma experiência em sala de aula com a leitura de
Memórias de
um Sargento de Milícias
. A experiência de leitura mencionada suscitou algumas
questões para este artigo: Em que medida o conhecimento do leitor se projeta na
narrativa, moldando seu sentido? Como os vazios ou pontos de indeterminação da
narrativa contribuem nesse preenchimento subjetivo, sustentando as múltiplas
concretizações do sentido? Sem pretender esgotar essas e outras questões, procuraremos
analisar o primeiro capítulo de
Memórias de um Sargento de Milícias
à luz de conceitos
da Estética da Recepção, formulados por Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser.
Palavras-chave:
leitura literária; Estética da Recepção; leitura e ensino; análise textual;
construção de sentido.
Introdução
A Estética da Recepção, durante a histórica conferência do crítico
literário alemão Hans Robert Jauss, em 1967, desponta como uma proposta (ou
provocação) à Teoria Literária e à História da Literatura, propondo o estudo do texto
literário pela perspectiva do leitor. Atualmente, o método recepcional oferece também
dispositivos metodológicos úteis a uma pedagogia da leitura. O deslocamento do foco
de análise textual em direção ao leitor faz emergir com muito mais vigor o caráter
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Mestrado em Letras, UNESP-Assis,
