QUEM É O AUTOR DO DISCURSO JORNALÍSTICO?
Quem diz o quê, para quem e como no texto da notícia
Nilo Sergio S. GOMES
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Resumo
O objetivo desta comunicação é refletir e problematizar o discurso jornalístico a partir
de sua autoria e das relações de forças nele presentes e em disputa. Colocar em questão
esta linguagem jornalística, seja em sua prática discursiva mesma, seja
nas
e
pelas
“leituras” que lhe são próprias e/ou atribuídas na sociedade; seja, ainda, nas marcas que
deixa à mostra, visíveis ou imateriais, “presentes por suas ausências”, no dizer de
Pêcheux (1997); “implícitos”, “já-ditos” que propiciam todo dizer. A mídia jornalística
está presente em nossas vidas de tal forma que Fausto Neto (2008) identifica um
processo de “midiatização da sociedade”. Problematizar este discurso, portanto, é
ingressar e inscrever-se na intimidade mesma de um possível fenômeno midiático de
ampla repercussão nas sociedades contemporâneas: analisar as condições que
possibilitam este tipo de discursivização que cada vez mais se espraia, socialmente,
alcançando outros campos de saber também produtores de práticas discursivas.
Palavras-chave: linguagem jornalística, discurso, midiatização, sociedade
Introdução
O objetivo desta comunicação é refletir sobre o discurso jornalístico, esta “linguagem
transfronteira”, assim denominada por Nilson Lage (2004). Pretende-se aqui
problematizar tal discurso a partir de sua autoria – quem assina, de fato, o discurso
jornalístico, quem é seu autor? – e das relações de forças nele presentes e em disputa:
seja na condição de dominantes e hegemônicas; seja enquanto dominadas, dissonantes,
rebeldes, contra-hegemônicas.
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Professor da Escola de Comunicação da UFRJ, integra o Grupo de Pesquisa “Discurso, sujeito e
memória nas tramas dos sentidos sobre o Rio de Janeiro”, da UNIRIO, com apoio do CNPq.,
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