desigualdade e marginaliza aqueles cujos enunciados não existem na rede ou não são
acolhidos no meio social.
Dados os limites deste estudo, não serão analisadas, de maneira detalhada, as
marcas linguísticas dos recortes que seguem. O que se pretende aqui é associar a
linguagem com os problemas sociais e buscar mostrar como o discurso sobre o trabalho
doméstico, enunciado na Internet, funciona na luta econômica. Para tanto, foi escolhido
um debate acerca do direito sindical à categoria, lançado no
blog
do advogado Marcos
Alencar.
Antes de se partir para a análise, fazem-se aqui convenientes as palavras de
Momesso (2004, p. 201) sobre o que se entende por
blogs
: “(...) constituem-se em uma
ferramenta digital que propicia um espaço na Internet para que seus usuários a utilizem
como um forma de expressão aberta, de temática livre e de atualização frequente.
Tornaram-se um espaço garantido de expressão pública (...)”.
Foi nesse espaço de expressão pública e aberta que se instaurou o debate, cujos
debatedores estão representados por formadores de opinião, empregadores e
empregadas domésticas.
Na polêmica lançada, o blogueiro faz uma afirmação, impõe uma verdade, ao
afirmar que a categoria não possui sindicato oficial, sob o argumento de que isso seria
impossível na legislação vigente:
Fonte:
/)
