Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 1248

GERALDI, J. W. (2003). João Wanderley Geraldi, in: XAVIER, A. C., CORTEZ, S.
(orgs).
Conversas com lingüistas:
virtudes e controvérsias da Lingüística. São Paulo:
Parábola.
GNERRE, Maurizio (1998).
Linguagem, escrita e poder
. 4 ed. São Paulo: Martins
Fontes.
KOCH, Ingedore (2000). V.
A inter-ação pela linguagem
. 5 ed. São Paulo: Contexto.
PLATÃO, F. S.; FIORIN, J. L (1991).
Para entender o texto: leitura e redação
. 3 ed.
São Paulo: Ática.
VAL, Maria da Graça Costa (1999).
Redação e textualidade
. 2 ed. São Paulo: Martins
Fontes.
Anexo
Capítulo II:
“Quem ri do quê?”
Depois do almoço, que foi uma grande festa, Ângelo voltou ao
trabalho e Eulália foi dormir sua sesta habitual da tarde.
Vera, Sílvia e Emília saíram para passear pela chácara com Irene.
_ A senhora tem um jardim deslumbrante, dona Irene! _comenta
Sílvia, maravilhada diante dos canteiros de rosas e hortênsias.
_ Para começar, deixe o “senhora” de lado e esqueça o “dona”
também _ diz Irene sorrindo. _ Já é um custo agüentar a Vera me chamando de “tia” o
tempo todo. Meu nome é Irene. “Dona” Irene ou, pior, “Professora Doutora” Irene, eu
só cobro de quem eu não gosto.
Todas riem. Irene prossegue.
_ Agradeço os elogios para o jardim, só que você vai Ter de fazê-los
para a Eulália, que é quem cuida das flores. Eu sou um fracasso na jardinagem. A
Eulália, não, acho que tem um “dedo verde”. Basta alisar uma planta murchinha para ela
ficar toda brejeira, verdinha e viçosa. Uma coisa impressionante.
_ Foi ela também que preparou o almoço, não foi? _ pergunta Emília.
Foi responde Irene. _ Eu gosto de cozinhar, mas quando tem
visita, a Eulália não me deixa chegar perto das panelas. Faz questão de preparar tudo
sozinha. A maior glória para ela é quando alguém louva a comida que fez.
_ Parece que a Eulália é mesmo muito prendada _ comenta Sílvia.
_ Prendada? Essa é boa! _ ri Irene. _Menina, em que século
passado você nasceu?
Sílvia fica corada.
_ Para dizer a verdade_ prossegue Irene_, a Eulália é um poço
sem fundo de conhecimento e sabedoria. Todo dia aprendo uma coisa nova com ela. Só
de remédios caseiros, feitos com ervas medicinais, dava para encher uma enciclopédia.
E como conselheira para momentos de angústia e depressão não conheço melhor
psicólogo do que ela.
_ Pode até ser _ comenta Emília enquanto as quatro se sentam
num grande banco de madeira sob um caramanchão. _ Mas ela fala tudo errado. Isso
para mim estraga qualquer sabedoria.
_ Eu tive de me segurar para não rir quando ela disse aquelas
coisas na mesa _ acrescenta Sílvia.
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