Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 1218

também no sentido amplo – já que tem a função de determinar o modo como aquilo que
se diz é dito” (KOCH, 1998 p. 29).
Os operadores argumentativos, termo utilizado por Oswald Ducrot, o criador da
Semântica Argumentativa, serve para denominar os elementos que têm a função de
indicar a direção argumentativa dos enunciados. Koch (1998, p. 31) examina os
principais tipos de operadores:
A) Operadores que assinalam o argumento mais forte de uma escala orientada no
sentido de determinada conclusão: até, mesmo, até mesmo, inclusive.
B) Operadores que somam argumentos a favor de uma mesma conclusão (isto é,
argumentos que fazem parte de uma mesma classe argumentativa): e, também,
ainda nem (= e não), não só... mas também, tanto... como, além de..., além disso...,
a par de..., etc.
C) Operadores que introduzem uma conclusão relativamente a argumentos
apresentados em enunciados anteriores: portanto, logo, por conseguinte, pois, em
decorrência, consequentemente, etc.
D) Operadores que introduzem argumentos alternativos que levam a conclusões
diferentes ou opostas: ou, ou então, quer... quer, seja... seja, etc.
E) Operadores que estabelecem relações de comparação entre elementos, com vistas a
uma dada conclusão: mais que, menos que, tão... como, etc.
F) Operadores que introduzem uma justificativa ou explicação relativamente ao
enunciado anterior: porque, que, já que, pois, etc.
G) Operadores que contrapõem argumentos orientados para conclusões contrárias: mas
(porém, contudo, todavia, no entanto, etc.), embora (ainda que, posto que, apesar de
(que) etc.).
H) Operadores que têm por função introduzir no enunciado conteúdos pressupostos: já,
ainda, agora, etc.
I) Operadores que se distribuem em escalas opostas, isto é, um deles funciona numa
escala orientada para a negação total.
A argumentatividade, além do uso dos modalizadores, pode se dar através da
utilização de algumas marcas como “indicadores de atitude ou estado psicológico com
que o locutor se representa diante dos enunciados que produz” (KOCH, 1998, p. 50), ou
termos que demonstrem “avaliação ou valoração”. Além desses, o domínio pelo qual
deve ser entendido o enunciado, metáforas, exclamações, aspas entre outros que possam
representar conotação.
Análise da propaganda 1
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