Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 1115

ANÁLISE SEMIÓTICA DA OBRA “O NASCIMENTO DE VÊNUS”
SANDRO BOTTICELLI
Fernando NETTO
Centro Universitário Eurípides de Marília – UNIVEM / Marília SP,
Esta pesquisa é fundamentada na semiótica greimasiana que serviu de
base metodológica à semiótica da Figuratividade visual (ou teoria daviliana) – nosso
suporte teórico - tem por objetivo interpretar a relação entre o Belo e a Divina
Proporção, por meio da desconstrução / reconstrução do sentido na manifestação visual.
Valemo-nos da análise de um texto figurativo composto de conjuntos significantes que
direcionam o olhar classificatório do destinatário a elementos que são produzidos
intencionalmente, por agrupamento, de forma a gerar significação. Codificados num
sistema visual, invariável, sob a sigla
ALOP
(
agregação / luminância / ordenação /
proxêmica
), são dependentes da substância variável da expressão. Esta, por sua vez,
independe da forma da expressão. O enunciador da mensagem visual, valendo-se das
modalidades factitivas do /Fazer/querer-ver/ (sedução) e do /Fazer/dever-“ler”/
(provocação), incita à auto-manipulação o enunciatário de uma obra de arte ou “texto
artístico”. Desse modo, pretendemos demonstrar como o Belo pode ser observado,
apreendido e “lido”, a partir da obra renascentista, pela teoria citada. Esta propõe um
Percurso Gerativo do Sentido Visual (PGSV), tendo por modelo verbal o PGS
greimasiano na busca da significação, por meio de um levantamento dos “primitivos
figurativos”, há muito solicitado por Greimas a seus alunos, em seminários, cursos, e
publicações. Partindo de elementos presentificados, representados e re-representados,
abordaremos: o ritmo estático, pseudo-dinâmico, misto, simétrico, assimétrico e mistura
a + s; a Divina Proporção – na confluência da arte com a ciência; o semi-simbolismo
denotativo-conotativo dos figurativos verbo-visuais, e o simbolismo denotativo dos
figurais visuais; os patamares da organização relacional; a passagem transpositiva do
figural ao figurativo; zonas de “tachismo” e contrastes; equilíbrio entre volumes e
massas;
tracemas
(semas do traço) identificadores de inércia, força e pseudo-
movimento; angularidades simples e complexas; planos e espaços em perspectiva,
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