midiática em forma de textos, símbolos e signos, hipertexto sob o modelo de
intertextualidade
3
.
A linguagem via internet tem semelhanças com a idéia de intertextualidade, pois
os acessos à informação, ao conhecimento, nesse sistema é praticamente fragmentado,
“como o lugar de uma troca entre pedaços de enunciados que ele redistribui ou permuta,
construindo um texto novo a partir dos textos anteriores” (BAKHTIN, 1978
apud
SAMOYAULT, 2008, p.18).
A comunicação
Em um curso na modalidade à distância a linguagem tem importância
fundamental para a comunicação das idéias e conceitos, seja por meio do material de
apoio, seja pela utilização de ferramentas tecnológicas.
No caso do material de apoio, como salientam Silva, Coelho e Valente (2009), o
grande desafio se encontra na linguagem nele utilizada para o tratamento do conteúdo
programático, a qual deve ser extremamente didática e sedutora para o participante, uma
vez que o seu texto, mesclando teoria e prática, deve, ao mesmo tempo, promover o
processo de ensino-aprendizagem e manter a motivação dos atores.
As interações nos ambientes virtuais de aprendizagem são diferentes das que
ocorrem nas aulas presenciais, porque ocasionam mudanças na linguagem e na
comunicação (da oral para a escrita, entre outras) e, por isso, mesmo quando o indivíduo
tem ferramentas de busca a seu favor, causam muitas vezes uma limitação ao
conhecimento. É o que ocorre, por exemplo, com o discurso do docente quando este
tenta explicar na interação
on-line
os problemas enfrentados pelo tutor com o material
de apoio de suas aulas.
3 É Julia Kristeva quem introduz o termo intertextualidade em dois artigos publicados na revista Tel Quel
e retomados, em seguida, em sua obra de 1969, Séméiotikè, Recherches pour une sémanalyse. O primeiro
é de 1966, intitulado “A palavra, o diálogo, o romance” e contém a primeira ocorrência do termo; o
segundo, “O texto fechado” (1967), precisa a definição. Intertextualidade designa a transposição de um
(ou de vários) sistema(s) de signos em um outro, de um texto, preferimos a ele o de transposição, que tem
a vantagem de precisar que a passagem de um sistema significante a um outro exige uma nova articulação
do tético – posicionamento enunciativo e denotativo (KRISTEVA, 1974, p. 60,
apud
SAMOYAULT,
2008, pp.15 - 17).