amplamente difundida até hoje e propõe o desenvolvimento sustentável: “Como
administrar a escassez? Carl von Carlowitz respondeu em 1713 com um tratado
intitulado Sylvicultura Oeconomica, onde usou a expressão nachhaltendes wirtschaften
que traduzido significa: administração sustentável” (BOFF, 2007, s/n). No entanto, tal
noção proposta inicialmente na instância científica com vistas a amenizar a degradação
da flora não teve repercussão.
No longo período até a atualidade, o que se seguiu foi a política do
“colonialismo, do imperialismo, do globalismo ecômico-financeiro e da economia
política de mercado” gerando a grande crise ecológica que vemos continuamente
desenhar-se (BOFF, 2007, s/n). Devido a esses fatores, o conceito de sustentabilidade
está sempre associado à questão do desenvolvimento, oficialmente, tal conceito foi
usado pela primeira vez na Assembléia Geral das Nações Unidas em 1979. No entanto,
foi numa reunião de especialistas convocados pela ONU, em 1987, que se estabeleceu o
conceito tradicional de sustentabilidade.
Já no Brasil, no início da década de 1980, quando ocorreu o processo de
redemocratização, foi estabelecido que o desenvolvimento de processos sociais tivesse
seu norte no conceito de sustentabilidade. No período acima mencionado, o Congresso
Nacional promulgou uma série de leis ambientais de garantia à proteção da
sustentabilidade. Entre as normas ambientais existentes no Brasil, destaco aquelas que
têm sido enfocadas como princípios de sustentabilidade:
1) Princípio da educação ambiental (art. 225, § 1, VI, Constituição Federal);
2) Princípio da participação popular e atuação dos órgãos colegiados (Resolução 1/ 86
do CONAMA para Avaliação de Impacto Ambiental na fase de comentários e
audiência pública);
3) Princípio do desenvolvimento sustentado (art. 225, caput, Constituição Federal).
Entre a série enunciativa das fotos-legendas e os enunciados elencados acima
que versam sobre a sustentabilidade, há regularidades entre os objetos, os conceitos, as
modalidades enunciativas e as estratégias. Primeiramente, destaca-se a regularidade da
formação do objeto que se estabelece no nível das práticas discursivas entre as formas
científicas, as instancias políticas, o nível jurídico, as fundações sociais e as
organizações internacionais. Em segundo lugar, há regularidade entre os temas dos
enunciados. São eles: o desflorestamento, o destino do lixo, a preservação da fauna, a
poluição das águas, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentado. Em terceiro