Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 865

O NOME PRÓPRIO E SUA POSSÍVEL FUNÇÃO (RE)CATEGORIZADORA DE
REFERENTES.
Lívia Maria Turra BASSETTO
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RESUMO:
O presente trabalho tem por objetivo investigar, no âmbito da referenciação, o
emprego de nome próprio em crônicas de temas políticos e discutir como ele pode, em
determinadas situações, ser utilizado como estratégia de construção referencial, exercendo a
função, não simplesmente de nomeador, mas de possível (re)categorizador referencial. Para
isso, pretende-se analisar linguisticamente textos de Diogo Mainardi publicados no livro
Lula é minha anta
(2008), tomando-se, como base teórica, a concepção de referência e,
consequentemente, de referente apresentada pela Linguística Textual de linha sócio-
cognitivo-interacionista, para a qual a referenciação é uma atividade colaborativa de
construção de referentes realizada no interior do discurso em situação de comunicação, ou
seja, a construção dos objetos enunciados pelo autor do discurso é dada na relação que este
estabelece com o seu interlocutor por meio da linguagem.
PALAVRAS-CHAVE:
Referenciação; (re)categorização referencial; nomes próprios;
crônicas políticas; Lula.
Introdução
Com base nos estudos de Referenciação, da Linguística Textual de linha sócio-
cognitivo-interacionista, pretende-se, neste artigo, discutir a função dos nomes próprios
empregados em crônicas de temas políticos, com o intuito de demonstrar como, em
determinadas situações de uso, os nomes próprios podem, mais do que promover a
progressão referencial no texto, promover também a recategorização referencial.
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Doutoranda em Estudos Linguísticos (UNESP/ São José do Rio Preto),
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