Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 1193

Sequência
Figuras
Percurso Figurativo
Tema
Sequência 1
Partida, solidão, toque,
passos, piano, fados, Jorge
Da solidão
Da saudade
Da ansiedade
Amor
Sequência 2
Amante, divã, solidão,
lembranças, primo Basílio,
ária do Fausto, braços, beijos
Do abandono
Da recordação
Da sexualidade
Traição
Paixão
Sequência 3
Empregada, charuto, divã,
travessa de tartaruga
Da desconfiança
Da dependência
Do desconforto
Subornação (por
Pressuposição lógica)
Estrutura narrativa do discurso
Em toda narrativa existe a presença de um sujeito em relação de dependência a
um objeto que representa um valor, e que se manifesta no discurso conjuntivamente ou
disjuntivamente, ou seja, ter a posse do objeto de valor modal (Om) para atingir o Valor
descritivo e ideológico (OV), ou não ter a posse do objeto de valor modal (hipotáxico)
e, respectivamente, não atingir seu Valor descritivo. São as relações actanciais entre
destinador, destinatário, sujeito e objeto-Valor (descritivo). Assim, toda narrativa tem
um sujeito que busca um determinado Valor descritivo (ex. Status), que pode condensar
uma série de objetos-de-valor modal (ex.: carro zero, dinheiro, cargo de chefia, etc.).
Ele quer entrar em conjunção com esse Valor ideológico. A busca por esse objeto
constituirá a narrativa desse sujeito. Nesse percurso, o sujeito encontrará obstáculos, ou
seja, o anti-sujeito que tentará impedir a concretização pela posse do objeto-Valor.
Enfim, as histórias possuem esquemas de organização comuns que organizam o nível
narrativo.
Os actantes da narrativa em análise são figurativizados por S
1
e S
2
, no papel
temático dos atores Luísa e Basílio respectivamente, e a empregada Juliana,
denominada actante S
3
. Ainda que não apareça em ação nos fragmentos em análise,
somente são mencionados, mas de extrema importância para a construção de sentido do
texto, há o marido Jorge e a amiga Leopoldina.
A organização de qualquer discurso narrativo é chamada por Greimas e
Courtés de narratividade (1979). A narratividade é uma transformação entre um estado
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