Um arremeter no pouso que não se concretizou, em situação de sincretismo com a
manifestação verbal, embora não estejamos analisando essa etapa de produção do
sentido, nesse momento..
A segunda vez onde o referido soema (invertido) aparece, é no compasso
(36).Desta feita, notamos sua resolução no sonorema (D), na posição fundamental,
numa cadência perfeita, em que o compasso seguinte (37) se coloca como o único no
qual aparece o sonorema (D), cuja posição fundamental. Se caracteriza como a última,
quando observada na totalidade melódio-harmônica.
Uma outra questão importante a observarmos é a relação /soema-sonorema/, onde surge
o sonorema (D7M).
Nos compassos 1 e 9, além de manifestar-se com o soema* baixo invertido
(D7M / F#), a melodia parte da sua (7M), o soema (dó#), afastando ainda mais a
possibilidade de se obter uma sensação de total repouso que o (I grau) fornece.
É somente no último compasso da música, compasso (37) como já dissemos
acima, que o sonorema (D) surge em sua posição fundamental, justificando ainda mais a
intenção de perfeita resolução, pois é o único momento em que o soema ré
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é o 1º grau
do sonorema (D).
Dessa forma, fica clara a intenção do compositor em transferir toda aquela
ansiedade de repouso que não se concluía, devido a inversão do I grau, e pela tensão
causada em função do soema pertencer a extensão do sonorema.
Somente no final da música observamos manifestados simultaneamente, tanto
melódica quanto harmônicamente, .o soema sé2 e o sonorema D, determinando a
existência do semi-simbolismo, isto é, do caráter sincrético, no qual a letra
conjuntamente manifesta um repouso final, quando da aterrissagem do avião.
Soemas complexos (sonemas e sonoremas)