Jornal Nosso Câmpus - Ano VIII ed. 24 - outubro de 2014 - page 7

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ra o segmento docente
“Durante o período
de maio a agosto, o 0%
de reajuste foi sistema-
ticamente reafirmado
pelo CRUESP. Só em
setembro, commais de
100 dias de paralisação,
oCRUESPpropôs5,2%
de reajuste que seriam
pagos só a partir de
setembro, sem incluir
o período de maio a
agosto. Neste ínterim,
o sindicato dos funcio-
nários da USP tinha
recorrido ao Tribunal
Regional do Trabalho
contra o corte ilegal de
ponto e o juiz, além de
determinar ao reitor
da USP o pagamento
dos salários cortados,
sugeriu que fosse pago
um abono de 28,6%
referente ao período
citado. Essa proposta
foi levada ao CRUESP
e ficou decidido que os
eventuais abonos de-
veriam ser negociados
separadamenteemcada
universidade. O reitor
da Unicamp já havia
sinalizado que pagaria
oabono.Emreuniãoda
reitoriadaUNESPcom
os sindicatos de profes-
sores e funcionários, a
reitora propôs o abo-
no de 28,6% mais 250
reais no vale alimen-
tação, condicionando
o pagamento de tais
bonificações ao fim do
movimento de greve,
estratégia já utilizada
em agosto. Ainda que
essapropostatenhasido
aceitaporunanimidade
na assembleia docente
do Câmpus de Assis,
decidiu-se manter a
greve, por pelo menos
mais uma semana, não
sóemsolidariedadeaos
colegasdaUSP, quenão
conseguiram até o mo-
mentooabono,maspor
entender-se que o ideal
era realizar uma plená-
riaconjuntaparadiscu-
tir questões pendentes.
Apauta estudantil nem
sequer foi discutida,
questões relacionadas
à permanência estu-
dantil (bolsas, mora-
dia, restaurante) ainda
não estão resolvidas,
mesmo com a resis-
tentegrevediscentedo
anopassado. Propuse-
mos um indicativo de
retorno às atividades
no dia 22/09, um dos
pontos a ser discutido
na plenária, havendo
a Adunesp enviado
documento à reitoria
como pedido do abo-
no a ser pago antes do
retorno às aulas. Re-
sumindo, essas foram
as propostas para que
a greve cessasse, no
entanto, os problemas
atuaisdaUniversidade
estãoaindamuito lon-
ge de solução”.
Oposições entre
Docentes
“Sempreháquemse
oponha, mas é difícil
saber os motivos, já
que poucos compa-
recem às assembleias
para expor suas opi-
niões. O ideal seria
perguntardiretamente
a cada umdesses pou-
cos sobre suas razões.
Posso dizer apenas que
ogrupocontrárioàgre-
ve temsidominoritário
em nosso Câmpus e
percebique,nestagreve,
houve menos polariza-
ção. Um dos motivos
de contraposição ao
movimento se baseia
no fatodequeorecurso
usadoparareivindicaré
uminstrumentode luta
ultrapassado, prejudi-
cial a todos. Concordo
que uma greve não é
uma panaceia, que não
mudaremos o proble-
ma da educação de um
dia para outro, com
um levantar de braço,
que entrar emuma luta
é aceitar carregar um
ônus. Todavia, foi por
meiodelaqueconsegui-
mos sair do 0%. Alguns
querem algo diferente,
outras formas de luta
mais inovadoras, mas a
questãotalveznãopasse
pela simples discussão
do instrumento de luta,
mas pela suaqualidade.
Uma greve com meia
dúzia de câmpus não
tem a mesma magni-
tude que uma greve
conjunta das três uni-
versidades e das três
Após muitos dias de greve, os professores conseguiram reverter o 0% dado pela Reitoria
Foto: www.facebook.com/pages/Educadores-em-Luta
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