O esquema da figuratividade visual define-se pela soma dos dois eixos semânticos:
figuralidade + figurativo. O figural 1 e o figural 2 compõem o eixo semântico da
figuralidade
. São responsáveis, como escreveu D’Ávila (1998):
pela passagem da essência ao esboço da aparência, isto é, pela transição do processo que
instaurará a "figura" advinda da condição de massa captada que, rompendo o espaço ao
se presentificar no traço produzido, gera significação. Essa passagem efetua-se numa
instância que serve de
intermezzo
entre o bosquejo (figural classemático-b) e a figura
quase acabada (figural classemático-c), inaugurando o ‘eixo semântico do figurativo’
demonstrando o momento em que o "figurema" - traço primitivo do surgimento da
figura -, e o "imagema" - traço primitivo do surgimento da imagem -, vão compor uma
nova etapa do percurso gerador do sentido, num jogo ininterrupto de apelos entre os
patamares do figural e do figurativo.
O figurador 1 (do
logos
)
,
e o figurador 2 (do
mythós
) compõem o eixo semântico do
figurativo
, na composição de imagens ou figuras representativas do mundo em que
vivemos. O quadro seguinte em que os quatro termos não caracterizam sua disposição
num Quadrado Semiótico – pois precisaria que estivessem invertidos (conforme
D’Ávila, 2007, p. 43)
2
, define os patamares da significação visual:
Figuralidade
Figural 1 – Nuclear
+
Figural 2 – Classemático
Figurador 1 – Do
Logos
+
Figurador 2 – Do
Mythós
Figurativo
Quadro 1:
Da essência à aparência - Dos Figurais aos Figurativos.
Aplicação da metodologia daviliana.
Substância e Forma do Conteúdo – níveis superficial e profundo – Denotação
A abordagem semiótica da Figuratividade Visual aplicada ao discurso publicitário
verbo-visual terá como embasamento metodológico o Percurso Gerativo do Sentido
Visual (PGSV), que se equipara aos níveis de estruturação do Percurso Gerativo do
2
O momento da “Conversão” da
re
-
representação
(não-parecer) em
presentificação
(ser).
