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OUTROS ENCONTROS
AS FESTAS: O LÚDICO E A FORMAÇÃO DOS SENTIDOS

 
 


Drª Janete Leiko Tanno
 

 
 


Tradicionalmente, em todo evento da ANPUH, paralelo às atividades acadêmicas ocorrem, também, aquelas ligadas à cultura e ao lazer.

Apresentações musicais, peças de teatro, lançamentos de livros e jantares dançantes sempre fizeram parte da programação da ANPUH, seja regional ou nacional. Portanto, neste XVIII Encontro da ANPUH, tais atividades também estarão presentes, animando e confraternizando o público participante. Mais do que isso, reunir pessoas para a celebração de uma memória, ou para algum festejo, remete-nos para um passado que, no entanto, nos projeta para um futuro que se espera frutífero.

Nessa perspectiva, ocupar os diversos espaços do Encontro, inclusive os dedicados ao lazer e às festas, inspira o participante a um maior entrosamento com o meio e com os outros, ensejando trocas de experiências, novas relações e a extensão da rede de amizades e influências.
O jantar dançante oferecido no Clube Recreativo sinaliza ainda a busca de um sentido mais refinado e elegante na reunião dos pares. Nesse clima de conversa descontraída e degustação de delícias, o gestual e as roupas significam muito mais que o aparente e projetam representações de si e dos outros.


 

 
 

 
 

OS OUTROS ENCONTROS
O LANÇAMENTO DE LIVROS COMO SEMIÓFORO
 

 
 

Aluno do curso de extensão Patrimônio e Memória/Pós-Graduação
João Paulo Rodrigues

 
 


O lançamento de livros tornou-se prática recorrente nos encontros acadêmicos. Retomando nossas lembranças, não é difícil visualizar a cerimônia praticamente ritualizada que costuma cercar esse ato. Entretanto, um olhar sobre a ANPUH-SP deste ano o expectador é surpreendido pela modificação dos lugares e das celebrações que acompanham o feito. Afinal, por que reunir as pessoas num museu para realizá-lo e ainda promover simultaneamente apresentações musicais?

O espanto inicial, contudo, é dissipado, se voltarmos a atenção para a função histórica dos museus. Criados para reunir coleções de objetos do patrimônio histórico, ameaçadas de destruição, os museus consolidaram-se nas sociedades "modernas", porém, por seu valor pedagógico posto a serviço das nações. O museu é um depósito de tudo aquilo que, de perto ou de longe, está ligado à história nacional. Também traz consigo o paradoxo de armazenar coleções que, embora sejam valiosas, nesses locais têm apenas valor de uso. Existem para serem olhadas e, como tal, constituem um semióforo capaz de relacionar o visível ao invisível situado no tempo.

Lançar livros no museu é, pois, tornar o ato um semióforo. É o mesmo que expô-los ao olhar, ligando o visível ao invisível, num encontro onde toda a academia possa comunicar-se celebrando algo comum a todos, e que conserva e assegura o sentimento de comunhão e de unidade.

 

 
  Referências Bibliográficas: CHAUÍ, M. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. Fundação Perseu Abramo, 2001; CHOAY, Françoise. A Alegoria do Patrimônio. São Paulo: UNESP, 2001; POMIAN, Krzystof. Coleção. In: Enciclopédia Einaudi: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1984.  


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