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Ao longo de uma carreira
acadêmica, reunimos número considerável de certificados que
atesta nossa participação nos mais diversos tipos de eventos
promovidos por universidades e associações correlatas ao nosso
campo de conhecimento.
Teoricamente, todos eles asseveram algo como a nossa produção
intelectual e sua difusão, ou aperfeiçoamento do cabedal
intelectual por meio de cursos e assistência de palestras,
mesas-redondas, entre outras. Tais certificados indicam,
portanto, o caminho percorrido por esse intelectual durante sua
carreira profissional e acadêmica, e simbolizam o grau de
conhecimento e o status intelectual de seu possuidor.
A leitura dos certificados possibilita o difícil caminho do
lembrar, do recordar as opções que fizemos durante a carreira
acadêmica, os interesses momentâneos ou permanentes sobre
determinado assunto, as descobertas de novos caminhos de
pesquisas e de temas. E, como indica a imagem, os certificados
podem servir como fontes para a reconstrução da história do
órgão promovedor do encontro, no caso, da ANPUH, e ainda dar a
conhecer quais eram as temáticas no período de sua realização.
Nesse sentido, os certificados funcional como semióforos, visto
que fazem a ponte entre o visível e o invisível, entre o passado
e o futuro, simbolizando o conhecimento e a experiência
adquiridos e, portanto, a capacidade de seu portador para
exercer determinada função.
CHAUÍ, Marilena. A nação como semióforo. In:
Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. Fundação
Perseu Abramo, 2001, p.11-45.
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