incluindo cansaço (preguiça?)/ansiedade ao se aproximar do final da avaliação, e,
obviamente, a ausência de domínio dessa habilidade.
Conclusão
A análise dos dados nos permite afirmar que, de modo geral, o desempenho dos
alunos avaliados foi bastante satisfatório, se levarmos em conta que apenas 7 das 20
questões apresentaram desempenho inferior a 50%. Deve-se contudo levar em conta que
o índice definido em metas nacionais é de 60%, o mesmo de países desenvolvidos. Se
assim considerássemos, o aproveitamento médio dos alunos cairia de 13 para 10
questões.
Na maioria das vezes, as questões de baixo desempenho tratam de habilidades
que são ainda pouco trabalhadas pelos professores em classe, ou de habilidades mais
complexas exigindo um trabalho mais minucioso e especializado junto aos alunos com
dificuldades. Como se pode perceber, tais questões reforçam a carência dos alunos nas
habilidades mais complexas e também as que tradicionalmente são menos trabalhadas
em sala de aula, pelos professores.
Seguindo a tendência tradicional, os alunos demonstraram facilidade em
questões de redação mais simples ou de habilidades menos complexas. Isso prova que
tais habilidades são demasiadamente trabalhadas na interpretação dos textos, em
detrimento daquelas mais complexas. Mesmo assim, apesar de tratar-se de habilidades
mais básicas, temos alunos que apresentaram dificuldade nesses itens. Provavelmente
por falta de atenção e não porque a habilidade não esteja consolidada.
Enfatizamos ainda que a responsabilidade pelo desenvolvimento da leitura e do
raciocínio lógico é de toda a equipe em todos os níveis de ensino (séries) e não apenas
de um grupo de professores. Nossas conclusões apontam para e reforçam a necessidade
de formação continuada para que os professores tenham condições de garantir aos
alunos a aquisição, o desenvolvimento e a consolidação das habilidades de leitura,
construindo assim a competência leitora.
