como sua rima plástica. A circularidade que desta emana, remete por projeção
paradigmática às semi-circularidades do plano B. No plano B, sob o figural nuclear 1 da
semicircularidade que envolve a porção manifestada, de caráter englobante,
observamos o agregado isotópico da semicircularidade nos “elos”, como isotopia
secundária, repetitivo nas categorias sêmicas, ou seja, da reiteração dos semicírculos
conectados em ritmo simétrico de contigüidade das porções.
Devemos dar uma atenção especial à isotopia da diagonalidade (força,
movimento, orientação, posição multidirecional) sob a qual a isotopia da
semicircularidade se manifesta. Quando a diagonalidade domina a orientação dos
tracemas de uma outra isotopia, devemos examinar com maior cautela o espaço em
questão como manipulador conduzindo ao /fazer querer-fazer/ ou ao /fazer dever-fazer/ .
A isotopia da triangularidade, quando diagonalizada e produzida por
contigüidade, transmite um agregar, centralizar, permanecer. Enquanto isso, a isotopia
da circularidade ou semicircularidade, quando diagonalizada e produzida por
contigüidade, transmite a continuidade, o distanciamento, o descentralizar, a dispersão.
Quando num /ft/, ou num /fp/, a grande problemática se instaura quando num único
formema total /ft/ encontramos formemas parciais /fp/ contendo na totalidade externa
estes semas nucleares contrários ou contraditórios.
Considerações finais
A partir dessa análise do percurso gerativo de sentido da manifestação visual –
da aparência do figurativo à essência do figural - desconstruímos o plano do conteúdo
dos elementos figuradores e figurais representativos da linguagem visual na adaptação
do filme “Homem-Aranha II” para chegar ao seu sentido. Na verdade, ao recorrermos a
esse modelo analítico mergulharmos profundamente na substância e forma do conteúdo,
o que significou irmos à gênese, extraindo da junção de traços as qualidades e a
orientação que constituem a manifestação visual. Assim, fomos além do visível da
manifestação visual de nosso objeto semiótico e chegamos ao estágio pré-categorial,
postulado por Greimas (1973, p. 15). Ou seja, chegamos à “percepção, lugar não
lingüístico onde se situa a apreensão da significação”.
Analisando a imagem do Homem-Aranha e do seu inimigo Dr. Octopus, fizemos
um percurso em busca dos valores re-representativos, abstratos e simbólicos de cada
elemento que compõe essas figuras. Dessa forma, por meio da apreensão das unidades