ir o desenvolvimento de enfisema
ta três prêmios em menos de 15 dias
IAL
elular desenvolvidas por professor da UNESP/Assis
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Nosso
Câmpus
dezembro/2012
EXPECTATIVAS
MIMETIZANDO O ENFISEMA EM RATOS
Com a base construída
a partir da criação de um
modelo que reproduz, de
maneira mais fiel o pro-
cesso de desenvolvimento
enfisematoso, a perspecti-
va agora é tentar aplicar a
terapia celular para a re-
cuperação de órgãos de-
generados, ou seja, tratar
Com minuciosos de-
talhes, professor e alu-
no explicaram todos
os procedimentos ado-
tados para a elabora-
ção do Projeto, assim
como justificaram sua
utilidade para o campo
científico.
“Já existem vários
experimentos sobre o
enfisema pulmonar em
animais, porém os mo-
delos prese ntes na li-
teratura não represen-
tam de forma fidedigna
o processo enfisema-
toso que ocorre nos
humanos. Nos seres
humanos, a exposição
à fumaça do cigarro
causa uma resposta in-
flamatória, que por sua
vez vai gerar substân-
cias químicas que vão
degradar as células
pulmonares”, contex-
tualizou Edson.
Os modelos mais co-
muns encontrados na
literatura
consistem
na injeção de protease
(uma espécie de enzi-
ma), na cobaia, estimu-
lando um processo de
degradação do pulmão
que se assemelha ao
que acontece com o ór-
gão doente humano, po-
rém não incluem neste
processo a fumaça do
cigarro, que é o que
provoca o enfisema.
“Geralmente opta-
se pela protease por
ela oferecer um custo
relativamente baixo para
ser produzida e também
por gerar resultados mais
rápidos (em cerca de três
meses a cobaia já tem o ór-
gão destruído, embora isso
não aconteça por causa do
processo
enfisematoso)
e diante disso decidimos
fazer esta pesquisa para
reproduzir da forma mais
fiel possível os estágios de
infecção do pulmão huma-
no”, comentou.
Tudo foi pensado para
obter o resultado mais
aproximado, começando
pela escolha da espécie de
cobaia que seria usada, o
rato, por ser ele o que de-
mora mais para desenvol-
ver o enfisema, numa com-
paração a outros animais
do seu grupo. “Nós aqui do
Laboratório, usávamos o
modelo de protease, porém
decidimos criar também
um equipamento capaz de
reproduzir a exposição ao
cigarro pela fumaça central
e não pela lateral, uma vez
que a fumaça central que é
inalada pelo fumante ati-
vo, enquanto que a fumaça
lateral é aquela provocada
pela queima do cigarro, a
que o fumante passivo está
exposto”, justificou Edson.
Observar esta diferença
foi muito importante para
os resultados da pesqui-
sa, pois a fumaça central
possui determinados fato-
res que propiciam o de-
senvolvimento da doença,
tais como: sua tempera-
tura quente, densidade,
e compostos químicos
nocivos.
“Tendo em vista que,
para desenvolver o enfi-
sema pulmonar um hu-
mano precisa ficar ex-
posto ao cigarro por mais
de 30 anos (há exceções
de casos de pessoas mais
jovens que manifestam
a doença em bem me-
nos tempo, porém isso
se deve a deficiências
genéticas e estruturais,
que causam uma pré-
disposição), analisamos
pesquisas já publicadas
para relacionar o tempo
de vida dos animais cor-
respondente aos seres
humanos. Descobrimos
que o rato da linhagem
Wistar vive de dois anos
e meio a três, o que nos
permitiu concluir que
seis meses de exposição
à fumaça do cigarro já
seriam suficientes para
produzir bons resulta-
dos de desenvolvimento
de enfisema pulmonar”,
relatou o aluno.
Os animais eram ex-
postos à fumaça do ci-
garro três vezes por dia,
em sessões de uma hora
cada. Os testes foram
realizados no período
entre janeiro e agosto,
todos os dias da sema-
na, em um prédio pró-
prio, localizado ao lado
do Biotério.
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de animais doentes utilizan-
do as células-tronco, retira-
das do tecido adiposo.
“Nossa expectativa é
bastante promissora, pois
este Projeto reforçará as
possibilidades de trata-
mentos com células-tron-
co”, projetou o autor do
projeto.
Edson explica metodologia e comemora avaliações positivas: boas
perspectivas para pesquisas em terapia celular
Fig. 1: câmara de exposição à fumaça do cigarro; Fig. 2: Cobaias eram
expostos às substâncias três vezes ao dia. (Fotos: Arquivo- Edson M. Alves)
Foto: Junior Marino
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