Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 1054

colhidas do formato das letras de estilo misturado, denotam isotopias da circularidade
(em mônica e
Baby
), da triangularidade, retilineidade* e diagonalidade (TURMA DA).
No Não ser, observamos no espaço AB a totalidade da caixa do brinquedo. Nela,
a presença da
sincopa (
5ª dimensão: desorganização, projeção, condensação, expansão
e reorganização) surge (conforme D’Ávila, 2003c, p.153) desorganizando esse espaço
no qual a história dos Quadrões é contada no exterior da caixa (espaço A englobante),
projetando-se ao Espaço figurativo englobado
B,
o do brinquedo no interior da caixa
fechada. Nesse espaço condensam-se os questionamentos do olhar circulando entre os
percursos de A a B, e buscando identidades de imagens ou de tracemas, com saturemas*
em cores e formas fundindo verbal e não-verbal. Esta instância favorece a camuflagem
do Figurador II, do
mythos
, nas embreagens/debreagens, entre presente e passado, real e
ficção. Pelas isotopias da Arte e da Similitude (tracemas idênticos = Maurício de
Sousa), o olhar do enunciatário deverá expandir-se do espaço B ao A, reorganizando a
totalidade narrativa AB.
No parâmetro do Não Parecer, zona da camuflagem em todos os quadrados
semióticos, posicionamos o figural clas-c, cujos classemas-comuns à nova figura (ou
imagem) que está sendo projetada, é o da circularidade. Com a posição e orientação dos
primitivos figurativos na remontagem da imagem “boneco”, uma totalidade figurativa
sobre fundo de colorema branco que, no nível do segredo poderá assumir seu arcabouço
como figural nuclear da esferoidicidade*. Já na dêixis da mentira, seria impossível um
figurador II do mythos transformar-se em classemático b.
Desse modo, segundo D’Ávila (2007 **), “a efetivação do caráter proxêmico
promulga-o como sustentáculo da FIGURATIVIDADE na linguagem visual”.
Realmente, podemos dizer que o método de D’Ávila habilita o professor ao
letramento visual e estético, oferecendo-lhe um instrumental para desenvolver um leitor
multiletrado, uma vez que, este método, prepara o leitor para construir significados que
vão além da simples decodificação/recodificação, interpretando os sentidos e até
mesmos os sinais que não foram feitos para serem lidos.
Diante de tudo o que foi exposto, melhorar a qualidade de ensino é dever de
todos. Professores capacitados fazem a diferença.
Educador semioticista, uma inovação, porque não?
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