Anais do 1º Colóquio Internacional de Texto e Discurso - CITeD - page 1004

Segredo
conjugal
(1934),
Pontos de vistas
(1913),
O mistério
(1921),
Teatro meu e dos
outros
(1923),
O escândalo
(1910),
Fim
(1922),
Páginas de crítica
(1920),
Laura
(1933),
Graves e fúteis
(1922),
Por alheias terras
(1931),
O umbigo de
Adão
(1932),
Poemas sem versos
(1924),
Em voz alta
(1909),
Marta
(1920),
Quando era vivo
(1942),
Poesias
(1904),
O
assassinato do general
(1926),
Homens e coisas da Academia
Brasileira
(1934) e
O silêncio é de ouro
(1916)
Medeiros e Albuquerque estreou na literatura em 1889 com dois livros de
poesia intitulados
Pecados
e
Canções da decadência
. Nesse mesmo ano, publicou
O
remorso
(carta em versos à princesa D.Isabel), revelando certo conhecimento da estética
simbolista.
No volume
Pecados
, ele fez a “Proclamação Decadente”, que foi o texto
precursor do poema-manifesto “A Arte”, de Cruz e Souza. Apesar disso, percebe-se, em
seu trabalho, apenas certa influência simbolista da qual, posteriormente, acabou em
parte se desvinculando.
Contudo, Medeiros e Albuquerque ao escrever seus livros, deixava também
transparecer de forma natural suas sensações nos argumentos, diferentemente do
método científico do seu professor particular, Sílvio Romero que apreciava muito mais
o mundo das certezas e não o mundo de hipóteses, como preferiam os impressionistas.
Desse modo, ele, ao dar espaço à sensibilidade, não parecia ter como objetivo
principal apontar provas nas suas obras. Tudo isso porque parecia ter grande afinidade
com o método crítico impressionista, que passou a ser hegemônico no mundo literário,
pois as impressões começaram a ser elucidadas e argumentadas, não mais segundo um
método crítico tradicional (tendo Romero como exemplo típico), que apenas tinha o
intuito de criticar, parecendo não exigir sensibilidade dos críticos, além de revelar uma
certa distância entre estes e as obras.
Esse método teve uma permanente aspiração na vida nacional além de que, de
fato, foi uma configuração decisiva na linguagem crítica, em que também os elementos
do passado, da tradição, foram utilizados sob um enfoque mais sensível e
contemporâneo, ao passo que “a interpretação e o julgamento se completam na crítica
literária” (MARTINS, 1983, p.37). Com isso, o impressionismo crítico desligava-se dos
traços tradicionais de análise literária, com influência da crítica impressionista francesa.
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