Catálogo da Hemeroteca do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (CEDAP) - page 331

Ca t á l ogo da Heme r o t eca do Cedap
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CARACTERIZAÇÃO:
O
Suplemento Cultural
era divido em áreas de conhecimento, que
constituiam suas cinco seções fixas, que se alternavam: “Artes”, enfatizando toda forma
de representação artística – teatro, pintura, arquitetura, cinema, música, entre outros –;
“Ciências Exatas e Tecnologia”, com assuntos de cunho científico, tais como astronomia,
exploração no espaço, poluição, desenvolvimento industrial; “Ciências Naturais”, com
temática abordando o estudo da vida e da natureza, áreas como a Biologia, Medicina,
Geociência, Genética, Biociência, Agrônomia, Oceonografia; “Ciências Humanas”, tendo
o Homem como centro, trata de política, história, religião, educação, psicologia, filosofia,
sociologia, entre outros;
e “Letras”, com estudo de obras literárias. Além de ensaios,
artigos, resenhas, contos e poemas, foram publicadas transcrições de trechos de obras.
O suplemento trazia sempre um Editorial, que falava sobre cada um dos temas daquela
edição, bem como da importância da discussão de cada um desses temas. A partir do
sétimo número, o suplemento passa a contar com uma seção de “Cartas dos Leitores”. O
suplemento traz, ainda, algumas edições especiais.
DESCRIÇÃO:
O período em que circulou o
Suplemento Cultural
do jornal
O Estado de S.
Paulo
, de 1976 a 1980, é marcado, no plano político pela ditadura militar. Em 1976, o
presidente é o General Ernesto Geisel que assume a presidência prometendo uma
abertura lenta, gradual e segura. Diversos movimentos sociais, bem como uma fração da
Igreja católica, protestam contra a violência e repressão do regime. As eleições de 1974
apontam o descontentamento da sociedade, marcando um grande avanço do MDB,
partido identificado como oposição à ARENA, partido da situação. No plano econômico, o
descontentamento aumentava. A esperança de que o crescimento experimentado no
período do chamado “milagre econômico” (1969-1973), representaria melhorias sociais,
já dava lugar a protestos contra a política econômica do regime. Quanto à liberdade de
imprensa, a abertura também se mostra lenta, mas começa a acontecer. Um fato
importante – e que interessa diretamente ao
Suplemento Cultural
– é a suspensão, na
surdina, da censura ao jornal
O Estado de S. Paulo
, que levará outros jornais a contestar
essa medida, e a contribuir, assim, para a abertura no sentido da liberdade de imprensa.
Apesar disso, o Suplemento pouco informa sobre as manifestações culturais e/ou sociais
do período.
FONTES:
LAMOUNIER, Bolívar (Org.).
De Geisel a Collor
: o balanço da transição. São
Paulo: Editora Sumaré, 1990.
GÓES, Walder de.
O Brasil do General Geisel:
estudo do processo de tomada de
decisões no regime militar-burocrático. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.
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